domingo, 30 de junho de 2013

MISSA e 26.º aniversário da Conferência dos Vicentinos “Jesus da Galiléia”

“MISSA VESPERTINA DA VIGÍLIA DOS SS. APÓSTOLOS PEDRO E PAULO”.
Sábado 29 de junho de 2013 – Dia da comemoração do 26.º aniversário da Conferência dos Vicentinos “Jesus da Galiléia” da Comunidade São Francisco de Assis – Bairro Santa Maia II
Leituras: At. 3,1-10 / Sl 18(19) / Gl 1,11-20 e Ev. Jo. 21, 15-19 – Ano C
VIDAS A SERVIÇO DO REINO
Conhecemos pessoas que se puseram a serviço do Reino de Deus, testemunhas de fé e amor, que encontraram em Jesus o exemplo maior e nos deixaram belos exemplos de fé e de serviço: Madre Tereza de Calcutá, Papa João Paulo II, Dra. Zilda Arns e em especial para a Conferência Jesus da Galiléia: São Vicente de Paulo e Frederico Ozanan … Alguns deles chegaram à glória do martírio, derramando seu sangue, pela causa do Reino. Nesta celebração dos santos Pedro e Paulo, apóstolos e mártires, que deram sua vida a serviço do Evangelho, e espelhando neles fortalecemos nossa fé e o nosso compromisso.
Presidiu esta celebração, nosso pároco, Pe. José Vidal de Amorim e Equipe de Liturgia com os Mesces: Joaquim, Da. Nilza e Pereira, Leitores: Patrick e Maria Modesto, Salmista Sr. José Jorge, Preces Sr. João Batista de Almeida, Comentários Da. Ângela de Almeida e Acolhida os Srs. José Vicente e Toninho .
Destacamos na assembleia a comunidade acolhedora São Francisco de Assis, a grande parceira dos vicentinos Sta. Clara de Assis, Sto. Antônio de Saudade Nossa Senhora Aparecida da Vila Maria, Sagrada Família, Associação de Moradores do Bairro, Conferência Stos. Reis, Cof. São João Batista, Cof. Sagrado Coração de Jesus, Presidentes dos Conselhos: Saudade; Centro; São Luiz; Vila Nova; Coringa; São Lucas; Central de B.Mansa. Vicentinos da Vila Vicentina Ano Bom; Lar dos Velhinhos Vista Alegre e demais pastorais e movimentos das comunidades São Francisco de Assis e Santa Clara de Assis.
Na homília, padre Vidal recordou esta grande festa da Igreja que tem como modelo Jesus Cristo e como coluna São Pedro e São Paulo com seus carismas e diversidades que expressam a grandeza da nossa Igreja. E quando Jesus chama Pedro de pedra sintetizando a imobilidade e segurança e Paulo com seu dinamismo daquilo que todos devem fazer como de concreto de uma vida missionária em favor do Reino de Deus. Fortalecendo a importância dos batizados na Igreja através dos diferentes dons: leigos, religiosos. Padres, bispos. É nesta diversidades de dons e carismas que se cria intimidade com Jesus, principalmente na amizade o que nos torna comprometido com Evangelho, e, neste momento o padre destaca as três perguntas de Jesus a Pedro que o próprio padre fez questão de pesquisar na tradução original onde as palavras nos dá uma interpretação da amizade (modo diferentes de pensar e agir…). (Jesus pergunta:                                                                                                                                             1.º) Pedro, você me ama? R/ Senhor sabe que tenho amizade por ti.                                                                    2.º) Pedro, você me ama? R/ Senhor sabe que tenho amizade por ti.                                                                                    3.º) Pedro, você tem amizade por mim? R/ Tu sabes que tenho amizade por ti.                                       (Muitas das vezes veremos que amizade não quer dizer que concordo com tudo). Mas a amizade dos apóstolos com Jesus os leva a um compromisso perfeito; Jesus pede a Pedro: cuida das minhas ovelhas e Pedro passa da amizade ao assumir o projeto e abraçar com amor a Igreja a ele confiada por se tornar à pedra onde Jesus a constrói.

São Pedro e São João na oração das três (1.º leitura), dá testemunho na prática do amor ao próximo quando um homem coxo de nascença que pedia esmola na porta do Templo viu Pedro e João entrando e pediu uma esmola. Pedro disse: “olha para nós!”, “não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” e pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes e começou a andar. Todos viram o homem andando e louvando a Deus. - O compromisso do  homem e mulher de hoje é de fato anunciar o glorificar a Deus e que o nosso amor a Jesus concretize em gestos e atitudes exemplificada nos membros da Conferência Jesus da Galiléia que abraçaram a caridade no gesto de amor sem medida ao próximo!

terça-feira, 25 de junho de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 13.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS, SOLENIDADE.

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 13.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS, SOLENIDADE.
Pedro e Paulo 2013: "Tu és Pedro"

Celebramos hoje a festa de dois Apóstolos marcantes
da Igreja primitiva: São Pedro e São Paulo.
 - Diferentes: na vocação, no caráter, no estudo, na missão...
 - Unidos: no Amor e na Fé a Cristo e à Igreja...

- PEDRO, a rocha firme, conhece Cristo às margens do lago,
o segue desde o começo durante toda a vida apostólica
e em Cesaréia de Filipe o reconhece como o "Cristo, o Filho do Deus vivo.
- PAULO, o anunciador incansável, não o conheceu pessoalmente.
Inicialmente até o perseguiu, porque anunciava um Deus diferente.
Um dia, iluminado por uma luz do alto, compreendeu que Jesus era o Messias. A partir de então mudou radicalmente sua vida...

Pedro e Paulo representam duas dimensões diferentes,
mas complementares e viveram com alegria a comunhão na diversidade...

As Leituras bíblicas falam desses dois Apóstolos:

Na 1a Leitura, PEDRO está preso, com data já marcada para morrer,
guardado como "perigosos" por 16 soldados.
A Comunidade reza... Deus intervém em favor do seu servo... (At 12, 1-11)

A libertação de Pedro foi um fato histórico, mas muitos pormenores
foram introduzidos apenas para dar mais vivacidade à narrativa.
O texto mostra duas coisas:
- Deus escuta a Oração da Comunidade e
- não abandona seus discípulos nos momentos de provação.

Na 2a Leitura, PAULO está preso, aguardando o julgamento final.
Escreve a Timóteo, seu companheiro no trabalho missionário.
Faz um balanço de sua vida. Compara-se a um atleta no estádio:
"Combati o bom combate, terminei a minha carreira, conservei a fé..."
Agora velho e cansado pelo trabalho e pelas lutas que teve de enfrentar,
confia no Senhor, justo Juiz e aguarda o prêmio merecido... (2 Tm 4,6-8.17-18)

* O texto mostra a serenidade e a confiança de Paulo, diante da morte iminente.

No Evangelho temos um episódio de Jesus com os apóstolos: (Mt, 16,13-19)

- A 1ª parte, de caráter cristológico, centra-se em JESUS e
  na definição de sua identidade: "Quem sou eu?"
- A 2ª parte, de caráter eclesiológico, centra na IGREJA,
  que Jesus convoca ao redor de Pedro:
  "Sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja".

1. Quem é JESUS?
Na perspectiva dos "homens", Jesus é, apenas, um homem bom e justo,
que escutou os apelos de Deus e se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes dele. É muito, mas não é o suficiente.
Significa que os "homens" não entenderam a novidade do Messias,
nem a profundidade do mistério de Jesus.

Na opinião dos discípulos Jesus, vai muito além.
Pedro resume o sentir da Comunidade na expressão:
"Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo".
Para os membros da Comunidade, Jesus não é apenas o Messias esperado:
é também o "Filho de Deus".

* Quem é Jesus para mim?
É uma pergunta fundamental para a vida cristã.
Deve ecoar sempre em nossos ouvidos e em nosso coração.
Não bastam as respostas da catequese ou dos tratados de teologia.
Devemos interrogar o nosso coração e tentar perceber
qual é o lugar que Cristo ocupa em nossa existência...
Devemos gastar a vida inteira confrontando e purificando nossa resposta,
sempre de novo, no seguimento do Filho de Deus feito homem.

2. O que é a IGREJA?
O texto responde de forma clara: é a Comunidade dos discípulos
que reconhecem Jesus como "o messias, o Filho de Deus".
- É uma comunidade organizada, onde existem pessoas
  que presidem e desempenham serviços.
  A ela Cristo conferiu poderes de "ligar e desligar" e
  a garantia de que nem "as portas do inferno terão vez contra ela".

Jesus não fundou muitas igrejas...
A verdadeira IGREJA, fundada por CRISTO,
foi confiada a Pedro e seus sucessores.
Por isso, no dia de hoje, celebramos também o DIA DO PAPA.

O Papa é Sinal de unidade, aquele que confirma a fé de seus irmãos.
O Papa continua sendo o chefe visível da Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, sobretudo hoje, pelas mudanças rápidas e violentas...
pelas contestações dentro e fora da Igreja...

Demonstremos concretamente nosso amor para com ele,
"rezando" para que Deus...
- lhe dê muita LUZ... para apontar sempre o melhor caminho para a Igreja...
- e muita FORÇA... para enfrentar com otimismo e alegria
  as contestações do mundo moderno...

Relembrando hoje o ardor missionário de Pedro e de Paulo,
demonstramos o mesmo entusiasmo de "Discípulos e Missionários de Cristo"?

Relembrando o Nascimento da Igreja,
aceitamos uma Igreja REVELADA, fundada por Cristo,
ou preferimos uma "igreja" mais cômoda, CRIADA pelos homens?

 Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 30.06.2013



terça-feira, 18 de junho de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 12.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 12.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
Comum 1312 : Tu és o Cristo

Estamos aqui reunidos em oração, porque somos "cristãos".
Mas quem é Cristo para você?

A Palavra de Deus nos propõe a descobrir em Jesus
o "Messias" de Deus, que realiza a libertação dos homens
através do amor e do dom da vida,
e convida cada "cristão" a fazer da própria vida um dom generoso aos irmãos.

A 1ª Leitura apresenta o profeta anuncia e descreve a imagem do Messias:
um homem justo e inocente "transpassado", um servo sofredor,
que desperta uma atitude de conversão e volta a Deus.
João identificou esse misterioso personagem com Jesus. (Zc 12,10-11;13,1)

A 2ª Leitura afirma que, pelo Batismo, fomos "REVESTIDOS de Cristo".
Por isso, devemos renunciar à vida velha do egoísmo e do pecado,
para viver a vida nova da entrega a Deus e do amor aos irmãos. (Gl 3,26-29)

No Evangelho temos a profissão de fé de Pedro no Messias
e o anúncio da Paixão. (Lc 9,18-24)

No final de sua atividade na Galiléia, Jesus, depois de ter ORADO,
provoca os Apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e Missão:

"Quem sou eu no dizer do POVO?"
Estranha curiosidade: Cristo interessado em saber o que os outros pensam dele.
Até parece um levantamento de IBOPE para verificar sua popularidade...
- Responderam-lhe: "João Batista... Elias... ou um dos antigos profetas..."
* Reconhecem em Jesus um grande Mestre, um grande operador de milagres,
mas um HOMEM apenas...

- Os DISCÍPULOS deviam ter uma idéia mais amadurecida,
pois foram testemunhas de seus milagres e
destinatários privilegiados de sua doutrina. Por isso, acrescenta:

"Mas PARA VÓS, tornou Jesus, QUEM SOU EU?”
- Pedro, em nome de todos, responde: "Tu és o CRISTO de Deus"
A resposta era exata, eco da profecia de Isaías...
Pedro reconhece o Messias...  - Mas que Messias?
Como esperavam todos os judeus e os demais apóstolos:
um "messias" político, poderoso e vitorioso? Por isso não era tudo...

E Jesus completa, apontando "O Caminho de Jesus",
falando pela primeira vez de sua Paixão...
Apresenta-se como o "Servo Sofredor",
desprezado e rejeitado pelos homens, na expressão usada pelo profeta...
Para os discípulos, que esperavam um Messias-Rei,
tal afirmação deve ter sido dura e decepcionante...

Mas Jesus não volta atrás, pelo contrário,
reafirma que o Caminho do Discípulo é o mesmo:
"Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz de cada dia, e siga-me".

Ele irá à frente para dar o exemplo: Será o primeiro a levar a cruz.
Quem quiser ser seu discípulo, há de imitá-lo.
E conclui: "Aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
mas quem a perder, por minha causa, esse se salvará".

Isso implica TRÊS COISAS:
- "Renuncie a si mesmo..."
    Libertar-se de toda ambição pessoal. Libertar-se de todas as seguranças
    em que se apoia o próprio eu, para estar disponível a seguir a Jesus.
- "Tome sua cruz cada dia"
    Libertar-se continuamente do apego à vida e estar pronto a morrer...
    nos compromissos diários do cristão.
    A Cruz é Sinal do cristão. Está presente em toda parte, com muitos nomes...
- "E Siga-me..."
    Só quem se libertou do eu e do apego à vida, pode seguir Jesus até o fim,   
    abandonando-se a Deus em favor dos homens.

Seguir Jesus não é apenas reconhecê-lo como Messias...
acreditar apenas num pacote de verdades aprendidas na catequese...
é segui-lo no caminho do amor, da verdade e da justiça.

Ainda Hoje,
- muitos o reconhecem como um grande Mestre
  que pregou o amor, a fraternidade, a paz, a justiça;
- o admiram pela atenção dada aos pobres e excluídos;
- o apreciam pela sua coragem, pela sua coerência,
  pela sua nobreza de espírito, pela sua fortaleza diante da morte...
- Mas continuam acreditando que os verdadeiros messias são outros:
  os políticos, os generais, os donos das multinacionais...

Quem é Jesus para nós?

A pergunta de Jesus é ainda atual. Não é apenas uma sondagem de opinião...
Não é suficiente saber o que os outros dizem...
é fundamental o que diz a nossa experiência de fé, de esperança e de amor...
Cristo é alguém, que está no centro de nossa existência,
cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos,
com quem nos identificamos e a quem amamos?

- Estamos dispostos a segui-lo, também na cruz?
- Reconhecemos Cristo no irmão necessitado, sofredor...
   no MIGRANTE, cujo Dia Nacional hoje comemoramos?


                              Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 23.06.2013

domingo, 16 de junho de 2013

Não à violência! - Universo Jatoba

Não à violência! - Universo Jatoba
Não à violência!

09.06.2013 - Por Universo Jatoba - 

Hoje quero compartilhar com vocês este lindo texto do Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do MK Gandhi Institute. Estas palavras foram ditas durante uma palestra dele na Universidade de Porto Rico.
“Eu tinha 16 anos e vivia com meus pais na instituição que o meu avô fundou, e que ficava a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul. Vivíamos no interior, em meio aos canaviais, e não tínhamos vizinhos; por isso as minhas irmãs e eu ficávamos sempre entusiasmados com a possibilidade de ir até a cidade para visitar os amigos ou ir ao cinema. Um dia o meu pai pediu-me que o levasse até a cidade, onde participaria de uma conferência durante o dia todo. Eu fiquei radiante com esta oportunidade.
Como íamos até a cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas que precisava do supermercado e, como passaríamos ali o dia todo, meu pai pediu-me que tratasse de alguns assuntos pendentes, como levar o carro à oficina. Quando me despedi de meu pai ele disse-me:
“Vamos encontrar-nos aqui, às 17 horas, e voltaremos para casa juntos.”
Depois de cumprir todas as tarefas, fui até o cinema mais próximo. Distraí-me tanto com o filme, que me esqueci da hora. Quando me dei conta eram 17h30. Corri até a oficina, peguei o carro e corri para buscar o meu pai. Eram quase 18 horas. Ele me perguntou ansioso:
“Por que chegou tão tarde?”
Eu me sentia mal pelo ocorrido e não tive coragem de dizer que estava no cinema. Então, disse-lhe que o carro não ficara pronto, e que tivera que esperar. O que eu não sabia era que ele já havia telefonado para a oficina. Ao perceber que eu estava mentindo, me disse:
- Algo não está certo no modo como o tenho criado, porque não teve a coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado. Caminharei as 18 milhas até nossa casa para pensar sobre isso.
Assim, vestido terno e sapatos elegantes, meu pai começou a caminhar para casa pela estrada de terra sem iluminação. Não pude deixá-lo sozinho. Guiei por 5 horas e meia atrás dele. Ao ver o meu pai sofrer por causa de uma mentira tonta que eu tinha dito decidi ali mesmo que nunca mais mentiria.
Às vezes lembro-me deste episódio e penso: “Se ele tivesse me castigado da maneira como nós castigamos nossos filhos, será que teria aprendido a lição?” Não, não creio. Teria sofrido o castigo e continuaria a fazer o mesmo. Mas esta ação não-violenta foi tão forte que ficou impressa na memória como se fosse ontem.”

O homem do saco - Universo Jatoba

O homem do saco - Universo Jatoba
O homem do saco

18.04.2013 - Por Pagan Senior - 

Final dos anos 1980. Reciclagem era uma dessas coisas que se ouvia ao longe. Era a minha missão. Como começar, por onde começar?
-Já começou há muito tempo, me disse o padre sentado à minha frente, é questão de enxergar!
No centro da cidade uma guerra corria solta. As empreiteiras de coleta de lixo reclamavam que eles roubavam seu produto; os munícipes se queixavam da sujeira que eles deixavam; eles se queixavam que os fiscais não os deixavam trabalhar; o administrador regional se queixava, os empresários se queixavam, os transeuntes se queixavam, os proprietários das lojas se queixavam. Mas quem eram eles?
Era isso que o padre queria me ensinar a enxergar: eram os carroceiros!
- Os carroceiros? Perguntei apavorado internamente.
Cresci ameaçado pelo “homem do saco” que viria me pegar se eu não me comportasse; cresci ameaçado de que se não estudasse iria puxar carroça; o carroceiro era algo sujo, maltrapilho, perigoso, para quem é melhor nem olhar. Distância!
E agora me vem esse padre dizendo que precisamos inseri-lo na questão da reciclagem…
– Claro, eles fazem isso todo o tempo, é questão de adaptá-los, e não só eles, a população, a administração, os empresários…
Ficamos combinados assim: enquanto o padre iria tratar de organizá-los em uma cooperativa, eu me entenderia com as autoridades das áreas críticas. Duro seria reunir todos. Meus emissários entregavam um papelzinho a cada um dos carroceiros com o endereço do departamento e um horário e tentava explicar que seria uma reunião para tentar viabilizar o trabalho deles.
Desconfiança total, credibilidade zero; ou quase zero. Vieram 3 mulheres, mas não entraram. Ficaram na esquina avaliando o movimento.
Segunda tentativa: quinze carroças na esquina. Transportei a reunião: fomos eu, o padre, o administrador da regional e uma garoa fina, para a esquina explicar do que se tratava. Semana seguinte 123 carrocinhas estacionadas no pátio do departamento, os homens e mulheres “do saco” reunidos no auditório, sendo ouvidos: suas histórias, suas vidas, seus problemas e acima de tudo suas soluções. Pude compreender a lógica e a logística daquela “atividade empresarial” que rolava embaixo dos nossos narizes, e que, por uma questão cultural, nos tornamos incapazes de reconhecer. Pude enxergar essas pessoas por trás da imagem estereotipada do “homem do saco”.
E eles também ouviram: que as pessoas se incomodavam com a forma como eles abriam sacos nas calçadas à procura de papel branco  e os largavam de qualquer jeito, que eles faziam pilhas de sacos  para a posterior passagem de seus veículos, que os caminhões “oficiais” encontravam essa situação de desarrumação geral e não conseguiam manter o ritmo normal de retirada, que os varredores tinham muito mais trabalho com o lixo espalhado, etc., etc.
Dessas reuniões saíram: uma cooperativa para “catadores”, inclusive com direito de uso de determinados terrenos da prefeitura; um remanejamento no horário de coleta no centro da cidade, de forma a deixar uma brecha de tempo para a coleta seletiva de papel; um regulamento de forma de conduta para as carroças, incluindo identificação, horário, utensílios para limpeza, rotas de percurso e pontos de acumulação.
Toneladas de lixo que se pagava para retirar, transportar e destinar, estavam sendo recicladas gratuitamente. Centenas de pessoas de verdade emergiram por trás das fantasias da minha ignorância.
– Obrigado, padre!


sábado, 15 de junho de 2013

PINTURA DAS GRADES DA IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS

O trabalho voluntário é gratificante. Tomo por base o exemplo nas fotos dos amigos pintando as grades da Igreja São Francisco de Assis, Bairro Santa Maria II. São pessoas sempre dispostas a colaborar em alguma tarefa comunitária, exercendo com alegria sua doação e deixando sempre arrumada a Capela como também acontece com a Equipe de Limpeza que todas as sextas-feiras estão limpando todo espaço interno e externo da  igreja. Gente como: Joaquim Domingos, Sr. Joaquim, Felizberto, Da. Francisca, Da. Fiínha e outros voluntários… em especial na foto nossos amigos:  








sexta-feira, 14 de junho de 2013

HUMILDADE, POBREZA, PACIÊNCIA E OBEDIÊNCIA COMO SANTO ANTÔNIO - FONTE: http://www.diocesevr.com.br/l



Veja mais fotos aqui                           

Pelas ruas do bairro Saudade, o Santo popular que leva o título de casamenteiro foi saudado por centenas de fiéis de várias comunidades eclesiais, em Procissão da Paróquia Santo Antônio, Barra Mansa, com a presença do padre Carlos Alberto Júnior, que na chegada, na igreja, presidiu Missa, chamando as crianças presentes para o altar. 
Na meditação ao Evangelho, padre Júnior destacou as virtudes que o cristão deve observar e viver segundo Santo Antônio. 
“O sermão de Santo Antônio de Pádua tem como título: A Palavra é viva quando são as obras que falam. Ele quer dizer: quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas, são os vários testemunhos sobre a pessoa de Jesus Cristo. Esta pessoa é humilde, sabe viver sua pobreza, tem virtude da paciência e obediência. `Estamos saturados de uma sociedade de palavras e mais palavras, precisamos viver mais obras´, diz Santo Antônio. Peçamos a ele que derrame sua graça para que testemunhemos Jesus conforme Ele quer que trabalhemos para sua glória”, ressaltou o padre. 
No final da Missa, padre Júnior consultou os fiéis sobre a realização permanente da Missa das Crianças a partir de agora. Foi unânime a aprovação e pediu que as famílias se comprometessem a levar seus filhos. 
Padre Júnior abençoou os Pães e uma longa fila de fiéis recebeu com alegria e esperança. 
A festa do padroeiro continua até o dia 16, conforme programação, com barraquinhas de comestíveis, refrigerantes, shows. Venha prestigiar!  

LIÇÕES DE VIDA

Um casal completava 60 anos de casamento e uma das netas perguntou à avó: Vózinha, como é que a senhora agüentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar. A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta: 

- É simples minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas.


Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional, e a balança tende a pender mais para esse lado.
Vez que outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos.


"Saibamos valorizar as boas ações."


Diário do Vale: Dia de Santo Antônio é celebrado em Volta Redonda e Barra Mansa

Diário do Vale: Dia de Santo Antônio é celebrado em Volta Redonda e Barra Mansa

quinta-feira, 13 de junho de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 11.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 11.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

Comum 1311: O Pecado

A Igreja não é composta por "justos", mas por pecadores,
que precisam do perdão de Deus e dos irmãos.

E a Liturgia de hoje nos apresenta um Deus de bondade e de misericórdia,
que detesta o pecado, mas ama o pecador.

A 1ª Leitura apresenta a história de DAVI PECADOR
e a reação de Deus diante do pecado do rei. (2Sm 12,7-10.12)

- Davi cometeu adultério com a mulher de Urias.
  Quando soube que a mulher estava grávida, mandou colocar Urias
  no lugar mais perigoso da batalha, onde acabou morrendo.

- O Profeta Natan denuncia o Rei desse crime
  e anuncia os castigos de Deus contra ele e a sua família.

- O Rei reconhece humildemente seu erro: "Pequei contra o Senhor".
- Diante dessa atitude humilde e sincera de arrependimento,
  o profeta termina com uma mensagem de esperança:
  "O Senhor perdoou o teu pecado. Tu não morrerás".

* Deus condena o pecado, mas manifesta
   uma misericórdia infinita com o pecador..
   Dá sempre a possibilidade de recomeçar.
   Na fraqueza, Davi teve humildade em reconhecer o seu pecado
   e confiança na bondade de Deus que perdoa...

Na 2ª Leitura Paulo afirma que a Salvação é um dom gratuito que Deus oferece. Mas para ter acesso a esse dom, é preciso aderir a Jesus e
identificar-se com o Cristo do amor e da entrega. (Gl 2,16.19-21)

O Evangelho narra a História da MULHER PECADORA.
Só Lucas narra esse episódio. É o evangelho da misericórdia. (Lc 7,36-8,3)

- Jesus aceitava com alegria os convites para fazer refeições nas famílias...
   Vai à casa de Simão e a conversa estava animada...

- De repente aparece uma mulher intrusa...
  A mulher já era pouco valorizada, imaginemos uma prostituta?
  Ela enfrenta a condenação dos "bem comportados".
  Não fala nada. Suas lágrimas e o perfume precioso falam por ela.
  O gesto tocou o coração de Jesus.

- Por que procurou Jesus? Provavelmente já conhecia Jesus...
O Mestre devia tê-la impressionado profundamente.
O seu olhar era diferente dos que a olhavam com interesse
para aproveitar de seu corpo e sua beleza...
ou dos que a desprezavam... ou a condenavam...







O "muito amor" manifestado pela mulher é o resultado da atitude de Jesus:
nasce de um coração agradecido que não se sentiu excluído,
nem marginalizado, mas que nos gestos de Jesus tomou consciência
da bondade e da misericórdia de Deus.

+ No episódio, encontramos:

- Três Personagens:  
     - Um que convida,
     - um que é convidado,
     - uma que aparece sem ser convidada.

- Três olhares diferentes:
    - O olhar orgulho de Simão, com desprezo daquela pecadora e
      com desconfiança até do gesto de Cristo...
    - O olhar misericordioso de Cristo, que valoriza o gesto de amor
       daquela pecadora e censura a arrogância daquele fariseu puritano...
    - O olhar humilde da Pecadora, que reconhece seu pecado e
      descobre no gesto de Jesus a misericórdia de Deus.

+ A atitude de Deus: Ele ama sempre...
Ele ama todos como filhos e a todos convida a integrar a sua família.
É esse Deus que temos de propor aos nossos irmãos e
que temos de apresentar àqueles que a sociedade trata como marginais.

A figura de Simão representa aqueles que, instalados nas suas certezas
e numa prática religiosa feita de ritos e obrigações bem definidos
e rigorosamente cumpridos, se acham em dia com Deus e com os outros.
Consideram-se "bons cumpridores" de suas obrigações
e desprezam os que não as cumprem.

- Em nossas comunidades, há ainda hoje situações semelhantes?
 Sabemos que a Igreja não é formada de "justos", mas de pecadores  
 que foram perdoados e necessitam SEMPRE do perdão de Deus e dos irmãos.
- Quantas vezes também nós podemos nos considerar mais ou menos "perfeitos"
  e desprezamos os que nos parecem pecadores, imperfeitos, marginais!...

A exclusão e a marginalização não geram vida nova;
só o amor e a misericórdia interpelam o coração e
provocam uma resposta de amor.

+ Qual é a NOSSA atitude diante do pecado?

   - Diante dos erros dos outros,
      imitamos o exemplo de Jesus, que acolhia e perdoava...
      ou de Simão, que rejeitava e condenava?
   - Diante dos nossos erros e pecados,
     imitamos o exemplo de humildade de Davi e da pecadora,
     ou somos tentados a escondê-los, ou, de alguma forma, justificá-los?

                                             Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 16.06.2013

domingo, 9 de junho de 2013

BINGO BENEFICENTE PARA JMJ DA COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS


ACONTECEU NESTE DOMINGO DIA 09 DE JUNHO DE 2013, UM BINGO BENEFICENTE DA COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS EM PROL DOS JOVENS DA NOSSA COMUNIDADE QUE PARTICIPARÃO DA JMJ E EVENTOS DA SEMANA MISSIONÁRIA DA NOSSA DIOCESE. A PARTICIPAÇÃO FOI DE TODAS AS PASTORAIS E MOVIMENTOS NAS MONTAGENS DAS PRENDAS PARA O EVENTO E A EQUIPE DE FESTA FOI RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO DO MESMO. PARABÉNS A TODOS!

CLICK NO LINK PARA VER TODAS AS FOTOS DO EVENTO:   Álbuns do cmsfassisblogspotcombr | Álbum em Fotoalbum

terça-feira, 4 de junho de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 10.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C



ROTEIRO HOMILÉTICO DO 10.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/
Comum 1310: Senhor da Vida

A Liturgia de hoje mostra que Deus é SENHOR DA VIDA.
Ele VISITA seu povo e o liberta do pecado e do sofrimento.

As Leituras bíblicas ilustram essa verdade:
DUAS VIÚVAS, que perderam seus filhos,
foram consoladas por Deus,
através da obra salvadora de seus enviados.

Na 1ª Leitura, temos a Viúva de Sarepta: (1Rs 17,17-24)

O Profeta Elias em Sarepta recebe hospedagem na casa de uma viúva.
O filho dessa mulher adoece gravemente e morre.
Ela se sente duplamente angustiada:
pela perda do filho e por se considerar culpada da morte.

- Elias toma o menino nos braços, leva-o para o andar superior,
onde implora a Deus e lhe comunica novamente a vida.
Em seguida, desce e o restitui com vida à mãe.
É a primeira ressurreição encontrada na Bíblia.

- Diante da morte, Elias e a mulher têm atitudes diferentes:
Ela perde a esperança, sente-se derrotada e procura um culpado.
O profeta, ao invés, acredita no Deus da vida,
que não abandona o homem ao poder da morte.

* Diante de uma morte inexplicável, ou de uma desgraça,
ainda hoje, muitos falam de "castigos de Deus" e
acham que Deus manda doenças para punir os pecados.
Outros recorrem a adivinhos para descobrir o culpado.
Quem se comporta assim não tem fé no Deus da Vida.
Deus é bom e quer a vida e a felicidade de todos.

Na 2ª Leitura, Paulo se defende de acusações recebidas.
O Evangelho, que ele está anunciando, não o aprendeu dos homens,
mas o recebeu por revelação do próprio Cristo. (Gl 1,11-19)

No Evangelho, temos a Viúva de Naim. (Lc 7,11-17)
Lucas descreve um grande acontecimento humano:
o encontro da Morte e da Vida.

+ Dois cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim.
   - Um é formado por Jesus e seus discípulos.
     O outro formado por uma mãe viúva e seus amigos,
     que levam um féretro para a sepultura.

   - Um é precedido por Jesus, o ressuscitado, o vencedor da morte.
     O outro é precedido por um cadáver.

   - Um representa a comunidade cristã radiante de alegria
     junto ao seu "Senhor", que a conduz à vida.
     O outro é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo:
     está a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível.

 + Os dois cortejos se encontram:
  - O "Senhor" SE COMPADECE da dor e das lágrimas da mãe viúva
    (que representa toda a humanidade abatida e desesperada),
    interrompe a caminhada para a morte e diz:
  - para a Mãe: "não chores mais".
  - para o Filho: "Levanta-te."
   
O que ele faz é sinal da presença de Deus:
O pranto torna-se um canto de alegria,
os dois grupos se unem num único brado de entusiasmo,
todos glorificam o Senhor, exclamando:
"Um grande profeta surgiu entre nós e Deus VISITOU o seu povo".

* A grande novidade não foi adiar a morte por alguns anos,
mas o que o fato encerra: a morte foi vencida...
Jesus é o SENHOR DA VIDA.
Ele não abandona o homem nas garras da morte,
mas o ressuscita para que viva para sempre.

+ Esta cena se repete todos os dias:

- Há grandes cortejos cheios de mortos,
  de mortos que andam e se movem, mas não têm vida:
- É o grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos,
  dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos, dos inválidos...
  Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado e não nos damos conta.

- Ao encontro dele pode e deve ir outro cortejo,
  formado de pessoas cheias de vida que acompanham Cristo...
  comprometidas em responder à morte com a vida.

- Em que cortejo estamos?
- Que resposta damos aos que caminham no cortejo da morte?

Jesus não ficou indiferente diante do sofrimento humano.
Fez algo para aliviar.
Como seguidores de Cristo, devemos ir ao encontro dos que sofrem.
Se não podemos eliminar o sofrimento, podemos ao menos ser solidários.
A presença é sempre uma forma de ajudar quem passa por dificuldades...

Diante do milagre, o POVO exclamou:
"Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou o seu povo".

Será que poderá contar conosco?

                                             Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 09.06.2013