terça-feira, 29 de abril de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 3.º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A – BRANCO – 04.05.2014

MISSA pr.: Gl. Cr, Pf. Pascal.

LEITURAS:  At 2,14.22-33; // Sl 15(16),1-2a.5.7-8.9-10.11(R/. 1a); //1Pd 1,17-20; // Lc 24,13-35 (Discípulos de Emaús) 

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 3.º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A – BRANCO – 04.05.2014

MISSA pr.: Gl. Cr, Pf. Pascal.
LEITURAS:  At 2,14.22-33; // Sl 15(16),1-2a.5.7-8.9-10.11(R/. 1a); //1Pd 1,17-20; // Lc 24,13-35 (Discípulos de Emaús)

Páscoa 1403: Fica conosco

A Liturgia deste domingo nos convida a descobrir
o Cristo vivo, que acompanha os homens
pelos caminhos do mundo, muitas vezes sem ser reconhecido.
Mas onde o podemos encontrar?

Na 1ª Leitura, a COMUNIDADE CRISTÃ transformada pelo Espírito,
deixou a segurança das paredes do Cenáculo
e prepara-se para dar testemunho de Jesus,
em Jerusalém e até aos confins da terra. (At 2,14.22-33)

* A pregação de Pedro, no dia do Pentecostes, anuncia
que Cristo ressuscitou, está vivo e salva a todos.  
É a catequese da Comunidade cristã primitiva sobre Jesus. (Kerigma)

A 2ª Leitura nos garante que Cristo permanece para sempre entre nós,
como realidade libertadora de toda escravidão. (1Pd 1,17-21)

No Evangelho, o Peregrino aponta aos DISCÍPULOS DE EMAÚS
o caminho para reconhecer o Cristo Ressuscitado. (Lc 24,13-35)

- Os DISCÍPULOS estão tristes, desanimados, decepcionados, frustrados...
  abandonam a Comunidade e voltam para casa, dispostos a esquecer o sonho.
  Aguardavam um Messias glorioso, um Rei poderoso, um Vencedor e
  encontram-se diante de um derrotado, que tinha morrido na cruz.

- Aparece um PEREGRINO, que caminha com eles...
   e começam a falar do assunto do momento:
   JESUS, Profeta poderoso em obras e palavras,
   diante de Deus e dos homens, mas que teve um fim inesperado...

- O Peregrino interpreta as ESCRITURAS, que falam do Messias...
  Eles escutam com interesse... e seus corações começam a "arder".

- No final da tarde, os discípulos chegam em casa
  e fazem um CONVITE: "Fica conosco".
  Querem prolongar a agradável companhia.
  Após ter acolhido a PALAVRA do  Peregrino,
  lhe oferecem HOSPEDAGEM em sua casa...  e Ele aceita... 
  não apenas para "passar a noite", mas para "ficar com eles".

- À mesa: UM GESTO CONHECIDO:
  o mesmo gesto da última ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia.
  Os olhos se abrem e reconhecem o Ressuscitado...
  A Palavra faz "arder" o coração, a fração do Pão faz "abrir os olhos".
  E Cristo desaparece... porque agora a Comunidade
  já possui os sinais concretos de sua presença:
a sua Palavra e o Pão partilhado...
Mesmo invisível aos olhos, o Senhor está e permanecerá presente.
Agora é só Testemunhar.

- E PARTEM LOGO para anunciar a descoberta aos irmãos
  e, junto com eles, proclamam a fé: "O Senhor ressuscitou."
  A Proclamação da alegria pascal não pode esperar o dia amanhecer...
  A escuta atenta da Palavra e o repartir do pão abre os olhos e
impulsiona para a MISSÃO.

+ Cristo continua hoje companheiro de caminhada

Onde encontrar o Ressuscitado?
O episódio de Emaús nos aponta o caminho:

- Na PALAVRA DE DEUS, escutada, meditada, partilhada, acolhida,
Jesus nos indica caminhos, nos aponta novas perspectivas,
nos dá a coragem de continuar, depois de nossos fracassos.
Acolhem a Palavra do Peregrino e lhe oferecem hospedagem em sua casa.

- NA PARTILHA DO PÃO EUCARÍSTICO.
A narração apresenta o esquema da Missa: Liturgia da Palavra e do Pão.
É na celebração comunitária da Eucaristia, que nós fazemos
a experiência do encontro pessoal com Jesus vivo e ressuscitado.

- Na COMUNIDADE:
A Comunidade sempre foi e continua sendo o lugar privilegiado do encontro...
(Experiência dos discípulos... e de Tomé...)

+ O Caminho de Emaús
Muitas vezes, também nós andamos pelos caminhos da vida,
"tristes"... cansados e desiludidos...
Caíram os nossos castelos e a vida parece ter perdido sentido.
Esperávamos tanto... mas tudo terminou...
(quem sabe lá... a morte de um parente amigo,
um fracasso em nossos empreendimentos... a família desunida...)
É triste quando a esperança morre... Parece nada mais ter sentido.
Somos tentados a abandonar a luta e voltar...

Eles estavam angustiados por aquilo que aconteceu em Jerusalém.
Mas, na medida em que participaram
da celebração da Palavra e do banquete da Fração do pão,
o interior deles se abriu à luz, a vida do Ressuscitado
invadiu seus corações e os fez voltar à Comunidade.

Nesses momentos, mais do que nunca, como os dois discípulos,
necessitamos do Peregrino de Emaús:
"Fica conosco, Senhor".



                                 Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 04,05.2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 2.º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A – BRANCO – 27.04.2014

Domingo da Divina Misericórdia
Missa próprio da Oitava Pascal. Gl,/cr, Pf pascal I, na despedida ainda dois Aleluias.
Leituras: At 2,42-47 // Sl 117(118),2-4.13-15.22-24 (R/.1) // 1Pd 1,3-9 // Jo 20,19-31 (Tomé)
Recomenda-se as orações dos fiéis pela 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, a ser realizada em Aparecida, SP, dos dias 30 de Abril a 9 de Maio.


Páscoa 1402: A Comunidade

A Liturgia desse domingo, vivendo ainda a alegria pascal,
apresenta a NOVA COMUNIDADE (a Igreja),
que nasce da Cruz e Ressurreição
com a missão de revelar aos homens
a Vida Nova que brota da Ressurreição.

As leituras ilustram essa realidade...

A 1a Leitura descreve a Comunidade cristã de Jerusalém (At 2,42-47)

- É uma "Comunidade de irmãos", perseverantes:
   - no Ensino dos Apóstolos: à CATEQUESE
   - na Partilha dos Bens:        à CARIDADE.
   - nas Celebrações:                         à LITURGIA: - Orações no Templo e
                                                        - Eucaristia nas casas: "fração do pão".

- Uma Comunidade que dá testemunho,
  provocando admiração e simpatia do povo e atraindo novos membros.

* Essa comunidade ideal, descrita por Lucas, quer recordar
o essencial daquilo que toda comunidade deve ser:
um Modelo à Igreja de Jerusalém e às igrejas de todas as épocas:
Uma Comunidade de irmãos, reunida ao redor de Cristo, animada pelo Espírito, que tem a missão de testemunhar na história a Salvação.
- Em nossa comunidade, estão presentes hoje esses elementos?

A 2a Leitura começa com um pequeno hino, que bendiz o Pai
pela ressurreição de Jesus, que fez renascer a esperança.
Deus nos fez renascer pela Ressurreição de Jesus Cristo. (1Pd 1,3-9)

Salmo: "Porque eterna é a sua MISERICÓRDIA..." (Domingo da Misericórdia...)

O Evangelho nos apresenta a Comunidade dos Apóstolos.
Jesus vivo e ressuscitado é o CENTRO da Comunidade cristã.
Ao redor dele, a Comunidade se estrutura e
se anima a vencer o "medo" e a hostilidade do mundo. (Jo 20,19-31)

Os APÓSTOLOS estão trancados... apavorados... sem paz...
Refletem as adversidades enfrentadas após a crucifixão de Jesus e
na época em que o evangelho foi escrito. Mas Jesus infunde confiança.

CRISTO: rompe as barreiras e aparece no 1º dia da semana...
- Oferece: - A PAZ... o PERDÃO ... torna-os Mensageiros do perdão...
                - O ESPÍRITO SANTO: "Sopra": lembra o sopro criador de Deus...
- Envia em missão: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio..."
- Exige: FÉ: - Para Tomé que quer ver para crer:
     "Não sejas incrédulo, mas fiel... Felizes os que crêem sem terem visto..."

+ Portas Trancadas:
   Cristo abre as portas daquela Comunidade... e os envia ao Mundo...   
    A presença de Jesus ressuscitado é fonte de coragem e de paz...
    E o Espírito Santo dará a força para cumprir sua missão.  

+ A PAZ: Jesus oferece três vezes a Paz: "Shallon" (= Paz total).
   - Dá a Paz aos apóstolos e depois os envia como mensageiros da paz.
   - Essa Paz, muitas vezes, só é possível pelo caminho do PERDÃO...

+ Por isso, Cristo oferece o Sacramento do Perdão: CONFISSÃO:
    "Aqueles a quem perdoardes os pecados..."
    * Pecadores, uma vez perdoados, são enviados a perdoar em nome de Deus.
         à Você já fez a sua confissão Pascal nesse ano?

+ Tomé: afastado da Comunidade, quer provas, segurança: "Ver para crer..."

  - Jesus: comprova sua "Divina Misericórdia", cujo dia hoje celebramos:
              aceita o desafio e vai ao encontro do apóstolo incrédulo...  
          
  - Tomé, voltando à Comunidade, encontra o Cristo Ressuscitado e
     faz sua profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus".

   * É na COMUNIDADE que encontramos as provas que Jesus está vivo.
     Quem não participa da Comunidade não ouve a saudação de Paz,
     não prova a alegria da Páscoa do Senhor,
     nem recebe o dom do Espírito Santo.
     Quem não se encontra com a Comunidade
      não se encontra também com o Cristo Ressuscitado.

  - A Tomé e a todos nós, Cristo continua repetindo:
    "Felizes os que acreditam mesmo sem terem visto..."

+ Tudo acontece no 1º Dia da Semana: É uma alusão ao DOMINGO,
    dia em que a Comunidade é convocada a celebrar a Eucaristia:
    é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos,
    com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado,
    que se descobre Jesus Ressuscitado.

   - Cada Domingo deve ser uma pequena Páscoa...
     em que renovamos o nosso Batismo, a caminho da vida Plena...      

    * O "Nosso Domingo" é de fato "O Dia do Senhor?"

A Liturgia nos questiona:
- A nossa Comunidade é o local do nosso encontro com o Ressuscitado?
- Na Comunidade, somos unidos e perseverantes
   no estudo da Palavra de Deus, na partilha dos bens e nas celebrações?
- Vivemos a alegria, a fraternidade, o perdão, a paz,
   que o Cristo ressuscitado veio trazer,
   ou ainda trancados vivemos o clima de medo?

- Podemos, com sinceridade, dizer, que Jesus é nosso "Deus e Senhor"?
    
                                            Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 27.04.2014


ROTEIRO HOMILÉTICO DO 2.º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A – BRANCO – 27.04.2014

Domingo da Divina Misericórdia
Missa próprio da Oitava Pascal. Gl,/cr, Pf pascal I, na despedida ainda dois Aleluias.
Leituras: At 2,42-47 // Sl 117(118),2-4.13-15.22-24 (R/.1) // 1Pd 1,3-9 // Jo 20,19-31 (Tomé)

Recomenda-se as orações dos fiéis pela 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, a ser realizada em Aparecida, SP, dos dias 30 de Abril a 9 de Maio.

terça-feira, 15 de abril de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – ANO A – BRANCO – 20.04.2014

OFÍCIO SOLENE PRÓPRIO (COMEÇA COM AS LAUDES).
MISSA pr: GL, Sequência, Cr, Pf da Páscoa l.
Despedida com dois aleluias (durante toda a Oitava).

LEITURAS: At 10,34a.37-46 // Sl 117(118),1-2.16ab-17.22-23(R/.24) // Cl 3,1-4 ou 1Cor 5,6b-8 // Jo 20,1-9 ou nas Missas vespertinas: Lc 24,13-35

ROTEIRO HOMILÉTICO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – ANO A – BRANCO – 20.04.2014

OFÍCIO SOLENE PRÓPRIO (COMEÇA COM AS LAUDES).
MISSA pr: GL, Sequência, Cr, Pf da Páscoa l.
Despedida com dois aleluias (durante toda a Oitava).
LEITURAS: At 10,34a.37-46 // Sl 117(118),1-2.16ab-17.22-23(R/.24) // Cl 3,1-4 ou 1Cor 5,6b-8 // Jo 20,1-9 ou nas Missas vespertinas: Lc 24,13-35

Páscoa 11401: A Vida venceu a Morte

A Aurora radiante do domingo de Páscoa
é a imagem de Cristo Triunfante
que, ao sair do sepulcro,
ilumina uma nova e eterna criação.
Jesus não permaneceu no sepulcro.
Ele ressuscitou dos mortos e está vivo no meio de nós.
Não devemos procurar entre os mortos Aquele que está vivo. 

Hoje a VIDA se manifesta na sua plenitude, vitoriosa sobre a morte,
para que todos tenham vida e muita vida.

As primeiras leituras apresentam o testemunho do Cristo Ressuscitado
realizado por Pedro e Paulo, duas colunas da Igreja,
sobre as quais se funda a fé da Igreja de todos os tempos.

Na 1ª leitura temos o Testemunho de Pedro. (At 10,30a.37-43)
Convocado pelo Espírito, Pedro entra em casa de Cornélio, em Cesaréia,
expõe-lhe o essencial da fé e batiza-o, bem como a toda a sua família.

O episódio é importante por dois motivos:
- Cornélio é o primeiro pagão admitido ao cristianismo por um dos Doze.   
  Significa que a vida nova que nasce de Jesus é para todos os homens.
- O texto é uma composição do "kerigma" primitivo:

Kerigma : É o anúncio essencial da fé, o resumo da mensagem cristã.
que leva a aceitação do Cristo e da sua mensagem, através do Batismo:
* Pedro começa por anunciar Jesus como "o ungido", que tem o poder de Deus; * depois, descreve a atividade de Jesus, que "passou fazendo o bem e curando  
   todos os que eram oprimidos";
* em seguida, dá testemunho da morte de Jesus na cruz e da sua ressurreição;
* finalmente, Pedro tira as conclusões acerca da dimensão salvífica de tudo isto:
   "quem acredita nele, recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados".

A verdade da Ressurreição é o núcleo central e fundamental
da pregação apostólica sobre a obra redentora de Jesus.

E os discípulos devem se identificar Jesus e ser testemunhas de tudo isto,
para que essa proposta possa atingir todos os povos. 

A 2ª leitura dá o Testemunho de São Paulo: (Cl 3,1-4)
O Batismo nos põe em comunhão com Cristo ressuscitado.
Disso resulta um conjunto de exigências práticas, que ele enumera a seguir.
A Vitória da vida se manifesta em nós através das obras.

O Evangelho descreve a atitude da Comunidade cristã diante da Ressurreição, "no primeiro dia da semana". (Jo 20,1-9)

1) MARIA MADALENA é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus.
Apesar de já ser madrugada, ainda é "escuro". As trevas da dor, da separação
e da saudade ofuscam os olhos da esperança no alvorecer de um novo dia.
Mas a pedra está retirada, o túmulo vazio...
Confusa retorna correndo para relatar o fato a Pedro e João.

Ela representa a nova comunidade que acredita, inicialmente,
que a morte triunfou e vai procurar Jesus morto no sepulcro:
é uma comunidade perdida, desorientada, insegura, desamparada,
que ainda não assimilou a morte de Jesus.
Mas, diante do sepulcro vazio, descobre que a morte não venceu
e que Jesus continua vivo.

2) PEDRO representa, nos Evangelhos, "o Discípulo obstinado" ,
para quem a morte significa fracasso e que se recusa a aceitar
que a vida nova passa pela humilhação da Cruz.

3) JOÃO representa "o Discípulo ideal":
que está em sintonia total com Jesus,
que corre ao seu encontro de forma mais decidida,
que compreende os sinais: "Entrou, viu e creu".
Ele é o modelo do Homem Novo, do homem recriado por Jesus.

* Os dois discípulos correm ao túmulo de Jesus na manhã de Páscoa.
Nota-se o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e
as diferentes disposições existentes entre os membros da comunidade cristã.

+ A Páscoa é uma PASSAGEM da Morte para a Vida.
   E quantos "Sinais de Morte" nós vemos ainda hoje no mundo:
- Abortos, drogas, bebidas, tentativas de suicídios...
- Violência... Fome... doença... analfabetismo... desemprego..
- Quantos galhos secos, sem folhas e sem frutos:
     - secos espiritualmente: em pecado... separados de Cristo...
     - secos comunitariamente: acomodados, não atuantes... 
à Quais são os nossos sinais de Morte ?
     Aquilo que deve morrer dentro de nós... para ressuscitar 
     uma vida nova com mais alegria e mais esperança ?

+ Deus quer a Vitória da Vida...
   A festa da Ressurreição renova a fé em Cristo vencedor da morte.
   A vida recebe na ressurreição de Jesus a semente da eternidade.
   Ser Cristão é ser protagonista da Ressurreição
   nos pequenos gestos de cada dia.
   Todo aquele que defende a vida e ama os irmãos 
   trabalha para a construção de um mundo melhor...

+ Cada missa, um reviver da Páscoa...
    motivando-nos para abandonar os caminhos de morte e
    "escolher" os caminhos da vida...


                                         Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.04.2014

VIA-SACRA NA COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS EM 14 DE ABRIL DE 2014


quarta-feira, 9 de abril de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR – ANO A – 13.04.2014 – VERMELHO


LEITURAS: na Bênção de Ramos: Mt 21,1-11 // MISSA: is 50,4-7 // Sl 21(22),8-9.1718a.19-20.23-24 (R/.2a) // Fl 2,6-11 // Mt 26,14-27,66 ou mais breve; 27,11-54

SS 1101: Ramos

Celebramos hoje o DOMINGO DE RAMOS.

A liturgia apresenta dois momentos bem distintos:
- A ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM,
  com a procissão de Ramos... num clima de alegria...
  como GESTO de FÉ e de COMPROMISSO.

- O INÍCIO DA SEMANA SANTA, com a Leitura da Paixão do Senhor,
  na missa, relembrando o caminho do sofrimento e da Cruz.
   = Dois momentos distintos da vida de Jesus: Triunfo e Humilhação.
      Jesus se apresenta em Jerusalém propondo a paz e recebe a violência...

As Leituras nos ajudam a viver o clima dos mistérios que celebramos:

A 1ª leitura apresenta um Profeta anônimo, chamado por Deus,
a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação.
Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e
concretizou, com teimosa fidelidade, os projetos de Deus. (Is 50,4-7)

* Os primeiros cristãos viram neste "servo sofredor" a figura de Jesus.
Ele é a Palavra de Deus feita carne, que oferece a sua vida
para trazer a  salvação aos homens.

A 2ª Leitura é um lindo Hino Cristológico. (Fl 2,6-11)
Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas, exemplo de toda criatura.
Enquanto a desobediência de Adão trouxe fracasso e morte,
a obediência de Cristo ao Pai trouxe exaltação e vida.
Ele se despojou de sua condição divina, assumiu com humildade
a condição humana, para servir, para dar a vida,
para revelar totalmente aos homens o ser e o amor do Pai.
Esse caminho não levará ao fracasso, mas à glória, à vida plena.
E é esse mesmo caminho de vida, que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho convida a contemplar a PAIXÃO e MORTE de Jesus,
segundo São Mateus. (Mt 26,14-27,66)

O texto nos introduz no clima espiritual da Semana Santa.
Não é apenas o relato dos fatos acontecidos com Jesus,
mas o anúncio de um mundo novo de justiça, de paz e de amor:

- Jesus passou pelos caminhos da Palestina "fazendo o bem" e anunciando
  um mundo novo de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos.
- Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem os pecadores.
- Ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos,
  não deviam ser marginalizados, pois não eram amaldiçoados por Deus.
- Ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e
  aqueles que tinham um coração mais disponível para acolher o "Reino";
- E avisou os "ricos" (os poderosos, os instalados), de que o egoísmo,
  o orgulho, a auto-suficiência, o fechamento só podiam conduzir à morte.

è Esse projeto libertador de Jesus entrou em choque
     com a atmosfera de egoísmo e de opressão que dominava o mundo.
- As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas
  com a denúncia de Jesus:
  não estavam dispostas a renunciar aos mecanismos
  que lhes asseguravam poder, influência, domínio, privilégios.
- Não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e
  a aceitar a conversão proposta por Jesus.
- Por isso, prenderam e condenaram Jesus, pregando-o numa cruz.

  A morte de Jesus é a conseqüência do anúncio do "Reino",
  que provocou tensões e resistências entre os que dominavam o povo.
  A morte de Jesus é o ponto mais alto de sua vida;
  é a afirmação mais radical de tudo aquilo que pregou: o dom total.

Aprofundemos alguns dados que são exclusivos
da PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS:

- Mateus relaciona os fatos da Paixão como Cumprimento das Escrituras:
Mateus escreve para cristãos, provenientes do judaísmo...
por isso, quer demonstrar que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas.

- No Getsêmani, Jesus condena a violência contra o servo do sacerdote...
O caminho do Pai passa pelo amor e pelo dom da vida.
Por isso, os discípulos não podem recorrer à violência.  

- Só no Evangelho segundo Mateus aparece o relato da Morte de Judas.
O episódio deixa clara a falsidade do processo e a inocência de Jesus.
Mateus sublinha o desespero e o arrependimento de Judas, e
deixa clara a inocência de Jesus.

- Só Mateus fala do sonho da mulher de Pilatos  e da lavagem das mãos
Quer deixar claro que os pagãos reconhecem a inocência de Jesus e
o próprio povo o rejeita.

- Só Mateus descreve os fatos que acompanharam a morte de Jesus:
"O véu do Templo rasgou-se em duas partes... a terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos dos corpos, que tinham morrido saíram do sepulcro, entraram na cidade e apareceram a muitos".
Para Mateus, são sinais de que Deus está ali como o salvador e libertador
do seu Povo, apesar do aparente fracasso de Jesus,

- Finalmente, só Mateus narra o episódio da "guarda" do sepulcro.
Para os cristãos, o sepulcro vazio era a evidência de que Jesus tinha ressuscitado.

   Os Ramos verdes, que hoje carregamos, recordam
   a saudação de acolhida do Povo a Jesus, ao entrar em Jerusalém.



   Nós também queremos saudar a vida que ele trouxe e
   a misericórdia que encontramos em seu bondoso coração.


                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 13.04.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR – ANO A – 13.04.2014 – VERMELHO


LEITURAS: na Bênção de Ramos: Mt 21,1-11 // MISSA: is 50,4-7 // Sl 21(22),8-9.1718a.19-20.23-24 (R/.2a) // Fl 2,6-11 // Mt 26,14-27,66 ou mais breve; 27,11-54

CELEBRAÇÃO PENITENCIAL - TEMPO DA QUARESMA


domingo, 6 de abril de 2014

PÁSCOA CRISTÃ

PÁSCOA CRISTÃ


Todos os cristãos sabem que Páscoa é o aniversário da ressurreição de Jesus. Muitos ignoram que Páscoa foi uma festa, uma grande festa, muito antes de Jesus no mundo.

            O Evangelho, entretanto, nos convida a nela refletir. Ele não nos diz somente que cada ano Jesus ia a Jerusalém para a festa da Páscoa; ele não fala somente que a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus tinham lugar durante as festas da Páscoa; ele nos mostra o Cristo ensinando seus discípulos que "sua hora", era aquela da Páscoa: "Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco". A Páscoa cristã saiu da Páscoa judaica como de uma velha árvore um ramo cheio de seiva.

            A Igreja aí não se engana. Durante a Semana Santa e especialmente na 6a Feira e Sábado Santo, ela multiplica suas alusões à antiga Páscoa. Se queremos com ela celebrar a Páscoa Cristã, precisamos olhar a Páscoa judaica e retomar, para ultrapassar, a emoção e a alegria dos judeus de quando eles iam cada ano a Jerusalém para festejar a Páscoa.

1. A PÁSCOA JUDAICA

           Era a maior festa do ano. Para celebrá-la todo judeu, a partir dos 12 anos, subia à Jerusalém. Era na cidade santa que se comia o cordeiro pascal. Mas por que estas cerimônias? Por que esta festa?

            a) Uma intervenção de Deus

            Naquele tempo, quer dizer, doze ou catorze séculos antes de Jesus Cristo, os judeus eram escravos no Egito, sujeitos a duros trabalhos. O rei do Egito, o Faraó, havia ordenado fossem mortas todas as crianças do sexo masculino. Ele queria exterminar a raça. Fatos recentes nos permitem compreender a grosseria da luta e o drama horrível das famílias.

            Deus intervém para salvar este povo, e não somente para salvar, mas para lhe dar uma missão. Porque este povo devia preparar no mundo a vinda do Messias.

A libertação se faz em três tempos: (Ex 12,1-14; 21-28)

1- Uma preparação misteriosa. Sob a ordem de Deus em cada família, matava-se um cordeiro e comia-se um cordeiro e comia-se às presas depois de ter colocado seu sangue nos batentes das portas.

2- Uma situação desesperadora. Logo após esta ceia o povo colocar-se-ia sob a condução de Moisés. Mas Faraó e seus exércitos alcançaram os judeus no momento em que eles chegaram no Mar Vermelho. Encurralados no mar, sem armas, eles vão ser aniquilados. Os sobreviventes deveriam se sujeitar a uma escravatura pior ainda que aquela que já conheciam.

3- Um milagre se processa. É então que Moisés, sob a ordem de Deus, estende a mão em direção ao mar, e as águas se abrem para dar passagem aos hebreus. Assim que eles terminaram de passar e que Faraó quer tomar o mesmo caminho, o mar volta ao seu percurso matando os egípcios e todo seu exército. A alegria brilha. Um cântico de ação de graças ecoou. O povo está são e salvo, é livre. Vai assim caminhar para a Terra Prometida.

b) Uma Festa anual

A passagem do Mar Vermelho é a maior data histórica nacional dos judeus e uma das maiores da história religiosa do mundo.

            Este dia, graças à intervenção de Deus, os Judeus passaram (Páscoa quer dizer passagem) da escravidão à liberdade, do exílio à pátria, da terra dos ídolos àquela do verdadeiro Deus, do país de escravidão à terra prometida. Ontem eles esperavam a morte, hoje a vida lhes é dada. Um tal acontecimento não poderia ficar na sombra. 

            Cada ano, na data do aniversário da passagem do Mar Vermelho, os judeus se dirigiam à Jerusalém para ir celebrar uma festa: a Páscoa. Como outrora seus pais, antes de deixar o Egito, eles refaziam a misteriosa preparação, comiam um cordeiro, o cordeiro pascal; depois durante a ceia, cantavam como seus pais outrora, depois da passagem do Mar Vermelho, salmos de louvor a Deus que libertou seu povo.

2. A PÁSCOA DE CRISTO

          Cada ano, Jesus celebrava a festa da Páscoa e comia o cordeiro pascal. Mas ele sabia o que significava este alimento misterioso. Era Ele, o verdadeiro Cordeiro de Deus cujo sangue derramado sobre o madeiro da Cruz nos abriria caminho do céu. Uma Páscoa, uma outra passagem o esperava. Leiamos um trecho do evangelho de São Lucas, que nos coloca dentro desta realidade (Lucas 22,7-20).

É o início da Páscoa de Cristo...

a) Uma preparação misteriosa. Na Quinta Feira Santa, com seus discípulos, ele toma a ceia pascal, primeira vez celebra a eucaristia. Ceia misteriosa também.

b) Uma situação desesperadora. Na Sexta Feira Santa, depois de uma agonia, dois processos, a flagelação, o coroamento de espinhos e a pregação na cruz, ele morre. Todas as esperanças desaparecem. Tudo parece perdido.

c) Um milagre sem precedente. Mas na manhã da Páscoa, Jesus ressuscitou. Ele só passou pela morte para entrar na vida. Passou agora da morte à vida, da vida do tempo aquela da eternidade, da escravidão para a liberdade, do sofrimento para a alegria, da terra dos ídolos àquela de seu Pai, do exílio à Pátria. Esta passagem, esta Páscoa de Cristo, é a verdadeira Páscoa. A Páscoa antiga não é senão figura da nova Páscoa.

3. A PÁSCOA DOS CRISTÃOS

a) O Batismo: É o batismo que nos associa à Páscoa do Cristo e traz até nós seus benefícios. O batismo nos faz passar, nós também, da terra dos ídolos àquela do verdadeiro Deus, do exílio à Pátria, do Império de Satã ao reino de Deus, da vida da terra àquela do Espírito, da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus. Ele nos introduz na Igreja, de que a terra prometida era uma figura. Ele nos faz passar da morte do pecado à vida da graça. Como a primeira Páscoa, ele se opera na água. Como a Páscoa do Cristo ele nos dá a vida eterna.

b) Uma Festa anual: A festa da Páscoa é a grande celebração anual da Páscoa de Cristo e do Batismo. Toda a nossa liturgia nos convida a seguir, passo a passo, os gestos de Cristo durante os últimos dias de sua vida mortal e durante as primeiras horas de sua ressurreição. E quando chega o momento mais solene desta semana, no ofício do Sábado Santo, o Batismo se torna a grande preocupação da Igreja. Pelo Batismo nós reproduzimos a morte e a ressurreição de Jesus. Páscoa é um aniversário. Muito mais que um aniversário. Da mesma forma que os judeus, celebrando a sua Páscoa, davam graças a Deus por sua libertação, assim também durante os dias da grande Semana da Páscoa, nós louvamos a Deus que nos resgatou e que faz de todos nós o seu povo. E desde já, sabendo que a paixão, morte e ressurreição de Cristo nos merecem o céu, nós aspiramos por esta última Páscoa, que, um dia fará todos os batizados entrarem no canto de ação de graças na verdadeira e definitiva Terra Prometida.

            Os dias da Semana Pascal formam um todo. Páscoa não é um dia. Páscoa é uma passagem. A passagem da vida, restrita no tempo, à vida, marcada pela eternidade. A celebração desta passagem, na liturgia da Páscoa, começa no Domingo de Ramos e caminha até a aurora da ressurreição. Não se deve separar o que Deus uniu. Não se deve olhar a cruz sem antever a ressurreição. Não se pode contemplar o Cristo Ressuscitado sem ver o seu corpo glorioso marcado pelas cicatrizes da Paixão. São os sinais da sua passagem pela morte. São as provas irrecusáveis de que ele nos mereceu a graça de passar da terra dos homens àquela de Deus.


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, CS

quarta-feira, 2 de abril de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 5.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 06.04.2014


LEITURAS: Ez 37,12-14 // Sl 129(130),1-2.3-4ab.5-6.7-8 (R/.cf.7) // Rm 8,8-11 // Jo 11,1-45 ou mais breve 11,1-3-7.17.20-27.33b-45 (Ressurreição de Lázaro)

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 5.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 06.04.2014

LEITURAS: Ez 37,12-14 // Sl 129(130),1-2.3-4ab.5-6.7-8 (R/.cf.7) // Rm 8,8-11 // Jo 11,1-45 ou mais breve 11,1-3-7.17.20-27.33b-45 (Ressurreição de Lázaro)

                       Quaresma1105: Vida nova

A liturgia desse domingo continua
a Catequese Batismal da Quaresma.

Depois de apresentar:
   - Cristo, ÁGUA para a nossa sede (Samaritana);
   - Cristo, LUZ para as nossas trevas (Cura do cego);
Hoje nos fala de: - Cristo, Ressurreição para a VIDA (Lázaro).

A Liturgia responde à pergunta: "Como chegar a ser cristão?"
Começamos com a recepção do dom de Deus, na água viva da graça,
com uma iluminação e com uma ressurreição à vida verdadeira.

Na 1a leitura, Ezequiel anuncia VIDA NOVA. (Ez 37,12-14)

O Povo, exilado na Babilônia, desesperado e sem futuro,
vivia uma situação de Morte.
O profeta Ezequiel procurou alimentar a esperança dos exilados e
transmitir a certeza de que Deus não os abandonou.
O texto apresenta a famosa visão dos ossos ressequidos,
que saem dos "túmulos".
O Espírito do Senhor sopra sobre eles e eles ganham vida.
Deus vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança,
a escravidão em libertação.
Com essa imagem, o profeta anuncia a libertação aos exilados,
que estavam sem esperança como ossos secos na sepultura.

* Hoje ainda há morte na família, quando os casais não se perdoam...
Há morte quando os jovens se deixam levar pelas drogas e corrupção...
Há morte quando nossas comunidades se digladiam entre si com invejas...

Na 2ª Leitura, Paulo lembra que o Espírito de Deus
ressuscitou Cristo e o introduziu na glória do Pai.
A Ressurreição de Cristo é a garantia e a promessa de nossa Ressurreição.
No Batismo, nós recebemos o mesmo Espírito, que dá vida. (Rm 8,8-11)

No Evangelho, Jesus se apresenta como o SENHOR DA VIDA. (Jo 11,1-45)

- O Fato: Mandam dizer: "Lázaro está doente..."
- Jesus: aparentemente não se preocupa... Os apóstolos até estranham...
- Jesus tranqüiliza: "Essa doença é para a glória de Deus...
  Ele está dormindo" e fica com eles mais dois dias...

- No Encontro com Marta, Jesus se comove e chora...
   Não é choro ruidoso, desesperado... mas de afeto e solidariedade...
   O povo até comenta: "Vede como ele o amava".

- O Diálogo: - Jesus afirma: "Eu sou a ressurreição e a Vida.
       Aquele que crer, ainda que estiver morto viverá... "Você crê nisso?"
    - Marta professa sua fé: "Sim, eu creio", que tu és o Cristo..."
- No Sepulcro... "Tirai a pedra..."
  (que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos...)
- A Oração: "Pai, eu te dou graças, porque me ouvistes..."
- A Ordem: "Lázaro, vem para fora...
                    Desatai-o... e deixai-o andar".
  E Lázaro recupera a Vida.

Duas formas de SOLIDARIEDADE diante da Morte:


- Os amigos e vizinhos vão à casa de Marta e Maria, para dar os pêsames
   e fazer lamentações em altos brados: Símbolo do desespero.
- Jesus nem entra na casa, nesse ambiente dominado pelo desespero.
   Ele fica fora e chama para fora...
   Os dois choram... mas muito diferente...

+ A Família de Betânia representa a Comunidade cristã,

formada por irmãos e irmãs, não tem pais...
Todos conhecem Jesus, são amigos de Jesus
e acolhem Jesus na sua casa e na sua vida.
Essa família faz a experiência da morte.
Mas os amigos de Jesus sabem que Ele é a Ressurreição e a Vida,
e que dá a vida plena aos seus.
A morte é apenas a passagem para a vida plena.

+ Ressurreição de Lázaro é um SINAL: (7º e último antes da Paixão)


- A Ressurreição de Lázaro é uma prefiguração da Ressurreição de Cristo.
  O Batismo é um morrer e ressuscitar com Cristo.
- O "Sinal" de Betânia é também um convite a crer na Vida
  e a lutar por ela em todas as expressões.
- O discípulo de Jesus, renascido à Vida no Batismo,
  carrega em si o germe da verdadeira Vida.

+ O Prefácio resume o sentido do fato:

   "Verdadeiro homem, Jesus chorou o amigo Lázaro;
   Deus e Senhor da Vida, o tirou do túmulo;
   hoje estende a toda a humanidade a sua misericórdia e
   com os seus sacramentos nos faz passar da morte à Vida"

A liturgia da Palavra nesta Quaresma é uma retomada
de nossa "iniciação batismal", que certamente precisa ser aprofundada:
- Um ENCONTRO com Cristo,
- um DIÁLOGO
- e uma PROFISSÃO DE FÉ, a exemplo da Samaritana, do Cego e de Marta.


                                   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 06.04.2014