sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Maria, fiel à Palavrade Deus


26 set 2013

Setembro é o mês em que os cristãos católicos se reúnem para refletir sobre a Palavra de Deus. Esses encontros de reflexão ajudam a entender a importância da Palavra na vida de Maria e também em nossas vidas.
A Palavra nos revela que Maria era uma jovem obediente e temente a Deus. Por ser pura, Deus a escolheu para ser a mãe de seu Filho, Jesus. A palavra nos mostra que Maria aparece como símbolo da “Filha de Sião” (Sof 3,14-17), lugar da residência de Javé. Ela é simbolizada como a nova Arca da Aliança, aquela que trará dentro de si a Lei definitiva de Deus.
Em Maria, a Palavra se fez carne (Jo 1,14). O Filho de Deus se tornou carne e o sangue da mulher, a bendita entre todas as mulheres. Na sua simplicidade fez-se serva, discípula, seguidora daquele que a gerou em seu seio materno. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Amada e admirada, seu exemplo de vida é seguido pelos cristãos católicos, porque foi a primeira a acolher a Palavra, praticar e acreditar. Ela acreditou desde o dia da Anunciação do Anjo. Não só acreditou, mas colaborou com o projeto de Deus. Com isso, os católicos veem em Maria o exemplo de amor e de fidelidade a Jesus.
Maria é a discípula perfeita de seu filho, tanto pelo exemplo de vida, de fé, como também pela sua constante adesão e meditação da Palavra de Deus Encarnada: Jesus seu Filho (Lc 1,45; 1,38; 2,19). Podemos afirmar que Maria é o ponto de união entre o céu e a terra: “Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura-se e transformar-se em ideologia, em racionalismo espiritualista” (Doc. Puebla n. 301).
Maria acolheu a Palavra com todo carinho e a guardou em seu coração. Ela conceberá e dará à luz um Filho cujo o nome será Emanuel (Is, 7,14), que significa Deus está conosco. Tudo isso aconteceu para se cumprisse o que Senhor tinha dito através dos profetas: eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho (Mt, 1,22-23)
A mãe de Jesus Cristo participou efetivamente da vida e do mistério de Jesus. Ela seguiu de perto não de forma passiva, mas como colaboradora de sua missão.
Portanto, o canto do Magnifcat está inteiramente tecido pelos fios da Sagrada Escritura, os fios tomados da Palavra de Deus. Com isso, revela-se que em Maria a Palavra de Deus se encontra de verdade em sua casa, de onde sai e onde entra com naturalidade. Além disso, assim se revela que seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, que seu querer é um querer junto com Deus.
Estando intimamente penetrada pela palavra Deus, ela pode chegar a ser mãe da palavra encarnada” (Doc. Aparecida, n. 271). Maria foi apaixonada pela Palavra de Deus. Seguindo o seu exemplo queremos também nos apaixonar pela Palavra de Deus, no sentido de ouvir, acolher e fazer dela o fundamento de nossa vida cristã.
Frater Francisco Jesus (C.Ss.R.)
Administrador do Memorial Redentorista – Túmulo Padre Vítor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP)



CATEQUISTA

CATEQUISTA

SER, SABER E SABER FAZER:

Três Qualidades do Catequista

O povo de Deus recebeu a vocação e a consagração de anunciar e testemunhar o Evangelho. Nesta vocação comum, o Senhor escolhe alguns para o serviço da catequese. Portanto, os catequistas são convocados por Deus mediante a Igreja, para desempenhar a missão evangelizadora da educação na fé.
A fim de que estes agentes pastorais possam desempenhar de maneira responsável e qualitativa o seu ministério, devem prestar uma particular atenção às suas competências, entre as quais está o serviço à Palavra de Deus e à Igreja.

A formação
A formação integral dos catequistas, delineada no Diretório Geral para a Catequese numa tríplice dimensão: ser, saber e saber fazer, procura tornar os catequistas capazes de desempenhar de forma mais consciente a sua tarefa na comunidade eclesial.
A finalidade destas três características educativas consiste em acompanhar progressiva e permanentemente o agente pastoral da catequese, a fim de que ele possa desenvolver a própria personalidade cristã, aonde confluem os valores e a sabedoria humana, a síntese da fé e o compromisso pastoral.
Este programa didascálico comporta o conhecimento da Bíblia e da teologia, da pedagogia e da comunicação, da liturgia e da espiritualidade. Tudo isto não diz respeito de maneira exclusiva a um simples saber intelectual, mas sim a um conhecimento a nível de testemunho, ou seja, a uma profunda experiência de comunhão, de misericórdia e de certeza do amor de Deus, que consiga fazer do catequista um autorizado educador na fé.

Servidor da Palavra
A atitude típica do cristão consiste em praticar na sua própria existência o projeto de vida do Mestre, expresso de forma categórica, com as seguintes expressões: Com efeito, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10, 45). Por conseguinte, é mediante a participação no Mistério pascal de Cristo que cada um dos batizados se une à vontade do Pai, mas de maneira ainda mais específica aqueles que desempenham um determinado ministério no seio da comunidade eclesial.
Consequentemente, a espiritualidade do catequista impõe uma escuta participativa da Palavra em ordem a uma interiorização, a um confronto e a uma resposta existencial. Consciente do seu papel a desempenhar na Igreja, ele tem necessidade de uma familiaridade com a Sagrada Escritura para acompanhar os irmãos na intimidade com o Verbo do Pai.
Da meditação fiel da Bíblia, como uma consequência lógica, o catequista poderá iluminar, encorajar e instruir os catequizandos a não se deixarem desanimar pelas dificuldades, a não se submeterem aos critérios secularizadores, hoje predominantes na sociedade, e a não venderem a sua dignidade de filhos de Deus.
Os livros sagrados forjam a mente e o coração do catequista, tornando-o capaz do martírio, ou seja, de dar testemunho da fé, onde se manifesta a sabedoria bíblica, porque conquista o domínio da Sagrada Escritura; inquietude missionária, porque adquire a consciência do incansável zelo missionário evangelizador de Jesus, caminha no seguimento dos seus passos para alcançar todas as pessoas com amor salvífico; caridade veemente, porque segundo o exemplo do Senhor se inclina diante do sofrimento do homem para dar alívio e infundir esperança, sinais evidentes de que o seu agir constitui um eco do novo mandamento: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro manda mento. O segundo é semelhante a este: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas» (Mt 22, 37-40).
Da recepção humilde e obediente da Palavra revelada, o catequista dispõe-se a servir a comunidade eclesial para a edificar na comunhão, na diaconia e na missionariedade.

Servidor da Igreja
O ministério do catequista nasce, vive e realiza-se no seio da Igreja; por isso, ele pode ser considerado plena e justamente animador da comunidade eclesial, promotor da educação, da alimentação e do amadurecimento da sua fé, além de testemunha daquilo em que o povo de Deus acredita, daquilo que o mesmo celebra, vive e reza.
Uma das finalidades específicas da catequese consiste em iniciar os catecúmenos na vida comum, onde se vive a experiência de amar e louvar a Deus, de se ajudarem uns aos outros e de se aperfeiçoarem fraternamente, de com partilharem as tribulações e as alegrias, de oferecerem a própria disponibilidade, tolerância, paciência e prudência nos relacionamentos interpessoais, de tal maneira que, em qualquer situação, a Igreja se apresente como ícone da Santíssima Trindade.
Nesta altura, é necessário relevar a importância do relacionamento de colaboração entre os catequistas e os pastores, em vista de realizar conjuntamente a programação pastoral da catequese, para que ela possa corresponder de maneira constante à sua natureza no contexto da missão evangelizado ra da Igreja.
Por sua vez, os pastores que se interessam sinceramente pela preparação dos catequistas, cuidam da sua competência doutrinal e metodológica, enquanto se dedicam à orientação espiritual e virtuosa destes agentes pastorais. E tudo isto, sempre para servir e edificar a Igreja de Deus, na certeza de que cada um dos ministérios encontra a sua gênese na confiante chamada divina. "Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e que vos destinei para irdes e dardes fruto, e que o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16).

O serviço eclesial à Palavra
Através de uma análise da realidade social contemporânea, evidencia-se o afastamento de tantos batizados da Igreja, porque os valores que no passado orientavam o comportamento humano, atualmente são ameaçados por uma mentalidade ateia; por conseguinte, é necessária uma séria e qualificada catequese em que a Palavra de Deus seja apresentada orgânica e unitariamente, mediante a sua linguagem narrativa dos acontecimentos salvíficos e através do seu impetuoso poder de redenção.

Não com menos urgência, é necessário demonstrar a identidade apostólica da igreja, onde o catequista desempenha o seu serviço em particular sintonia e comunhão com ela. Quanto mais forem evidenciados o amor e a responsabilidade em relação à comunidade eclesial, tanto mais os catequizandos se sentirão como verdadeiros filhos da igreja, orientados pelas Sagradas Escrituras.                  (L'Osservatore Romano)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 26.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 29/09/2013


ROTEIRO HOMILÉTICO DO 26.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 29/09/2013

Comum: 1026: Lázaros de Hoje

Celebramos hoje o Dia da BÍBLIA.
E o lugar privilegiado para ler e acolher a Palavra de Deus
é a Comunidade na celebração dominical.

A Liturgia de hoje convida a ver os bens desse mundo,
como dons que Deus colocou em nossas mãos,
para que administremos, com gratuidade e amor.

Na 1ª Leitura: o Profeta AMÓS denuncia severamente
os ricos e poderosos do seu tempo,
que viviam no luxo e na fartura, explorando os pobres,
insensíveis diante da miséria e da desgraça de muitos.
O Profeta anuncia que Deus não aprova essa situação.
O castigo chegará em forma de exílio em terra estrangeira. (Am 6,11-16)

* As denúncias de Amós são ainda hoje atuais!
- Povos gastando fortunas matando gente em guerra,
  enquanto outros morrem de fome por não ter o que comer.
- Quantos vivem na abundância, enquanto muitos morrem de fome e na miséria.
- Quantos satisfazem seus caprichos, sacrificando até seus familiares...

Na 2ª Leitura, Paulo denuncia a cobiça,
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males". (1Tm 6,10-16)

No Evangelho, temos o julgamento de Deus sobre a distribuição das riquezas.

A Parábola do homem Rico e do pobre Lázaro (Lc 16,19-31) tem três quadros:
  - A Situação de vida do Homem rico e do Pobre "Lazaro".
  - A mudança de cena para ambos após a morte...
  - Um DIÁLOGO entre o rico e Abraão,
      > Proposta: "Pai Abraão, se alguém entre os mortos
         for avisar meus irmãos, certamente vão se converter..."
     > Resposta: "Se não escutam a Moisés, nem aos profetas,
        mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão..."

A morte de ambos reverte a situação:
quem vivia na riqueza está destinado aos "tormentos",
quem vivia na pobreza se encontra na paz de Deus.
É uma Catequese sobre escatologia,
antecipa o amanhã para que valorizemos o presente.
O rico não é condenado por ser rico, mas porque prescinde de Deus.
O pobre se salva porque está aberto para Deus e espera a Salvação.
A pobreza não levou Lázaro ao céu, mas a humildade,
e as riquezas não impediram o rico de entrar no seio de Abraão,
mas seu egoísmo e a pouca solidariedade com o próximo.

* Na Parábola, o pobre tem "nome", o rico não...
   Em nossa Comunidade, os pobres têm nome?

+ "Escutem Moisés e os profetas!":
    Essa advertência tem um significado todo especial no DIA DA BÍBLIA.
  
A expressão "Moisés e os Profetas", no tempo de Jesus, significava a Bíblia.
Por isso, Jesus queria dizer que não estamos precisando
de aparições duvidosas do além, de videntes ou prodígios milagrosos...
A BÍBLIA é a única Revelação segura que todo cristão deve acreditar...
Ela é suficiente para iluminar o nosso caminho.
Seguindo essa Luz, encontraremos, aqui na terra, a solidariedade, a fraternidade  e, na outra vida, acolhida na casa de Deus, um lugar junto de Abraão.

Essa Palavra de Deus, podemos encontrá-la:
Na Catequese... na Liturgia... na Leitura Orante da Bíblia...
nos Grupos de Reflexão, nos Cursos de formação... na Leitura pessoal...

+ Quem são os LÁZAROS hoje?
Ainda hoje quantos ricos esbanjam na fartura, enquanto pobres "Lázaros" continuam privados até das migalhas que sobram...
Creio que os vemos diariamente nas ruas e na televisão...
Escutar Moisés, os Profetas, o Evangelho
favorece o desapego e abre os olhos às necessidade dos irmãos.

O Documento de Santo Domingo afirma:
"O crescente empobrecimento a que estão submetidos
  milhões de irmãos nossos, que chega a intoleráveis estremos de miséria,
  é o mais devastador e humilhante flagelo que vive a América Latina" (179).

No Brasil: O Salário mínimo irrisório... A aposentadoria miserável...
enquanto outros recebem supersalários... e inúmeros desvios...

No Brasil, milhões de Lázaros nos indicam o caminho da salvação...
- Se nos abrirmos ou não a eles...
- Se nos colocarmos ou não a serviço de sua libertação.

+ E conclui com uma ADMOESTAÇÃO:
   "Há um abismo que nos separa... e não haverá mais volta..."
    Após a morte, a situação se torna irreversível.

+ Como superar esse abismo que nos separa?
    Abismo que não foi construído por Deus, mas pelos homens...
    abismo que começa agora... e se prolonga no além...

    A EUCARISTIA é um grande meio para vencer esse abismo,
    desde que seja sempre uma verdadeira COMUNHÃO...     
       - que inicia AGORA (na Igreja, na família, na sociedade) e
       - se prolonga por toda a ETERNIDADE junto de Deus.

                                      Antônio Geraldo Dalla Costa -29.09.2013

domingo, 22 de setembro de 2013

MÊS DA BÍBLIA E O MESTRE E DICÍPULO

 O MESTRE E O DICÍPULO




Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:
- Mestre, por que devemos ler e decorar a Palavra de Deus se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já esquecemos.
O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:
- Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.
O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada.
O mestre perguntou-lhe:
- Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:
- Aprendi que cesto de junco não segura água.
O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo.
Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe:
- Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?
O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:
- Que cesto furado não segura água.
O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa.
Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de  tanto descer e subir as escadarias.
Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:
- Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:
- O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.
O mestre, por fim, concluiu:
- Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da Bíblia que você lê, o que importa, na verdade, é que, no processo, a sua mente e a sua vida ficam limpas diante de Deus.


O Mestre e o Escorpião

O Mestre e o Escorpião 
fonte:
 
www.doalto.com.br/autoajuda/omestreeoescorpiao.htm

Um mestre oriental viu um escorpião que se afogava e
decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião
lhe picou. Como reação à dor, o mestre soltou-o e o
animal caiu na água e, de novo, estava se afogando.
O mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o
escorpião o picou.

Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do mestre e disse:
- Perdão, mas você é muito teimoso! Não entende que
cada vez que tentar tirá-lo da água, ele o picará?
O mestre respondeu:

- A natureza do escorpião é picar e
isso não muda a minha natureza, que é ajudar. Então,
com a ajuda de um ramo, o mestre retirou o escorpião da
água e salvou-lhe a vida.

Não mude a sua natureza se alguém lhe magoar. Apenas
tome as devidas precauções.

"O tempo é algo que não volta atrás; portanto, plante
seu jardim ao invés de esperar que alguém lhe mande
flores".

    (William Shakespeare)

sábado, 21 de setembro de 2013

VOLUNTÁRIOS FAZENDO MANUTENÇÃO PREDIAL DA COMUNIDADE


 Com o muro na divisa fora do prumo, voluntários fazem o reparo para segurança e cuidados com o próximo, isso transmite responsabilidade e seriedade dos membros da comunidade! Parabéns a todos!



CATEQUESE EM AÇÃO NA COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS


 Para ilustrar as atividades da Pastoral da Catequese, não somente na parte orientação na caminhada da fé das crianças; também, vez e outra “Reunião com os pais”, para interagirem uma catequese dinâmica!



“CHEGANDO O VERÃO, O PLENÁRIO DA COMUNIDADE RECEBE OS VENTILADORES”.

 Pedrinho, nosso eletricista, responsável pela manutenção elétrica da comunidade.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 25.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 25.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 22/09/2013

Comum 1325: Dois Senhores

Vivemos numa sociedade globalizada,
em que o dinheiro parece mandar em tudo e
é procurado a qualquer custo.
Para muita gente, ter dinheiro significa poder e prestígio...
Qual deve ser a atitude cristã diante das riquezas?     

Na 1a Leitura, Amós denuncia os ricos comerciantes do seu tempo,
que exploravam nas mercadorias e nos preços os pobres camponeses.
Nem respeitavam os "dias santos" para celebrar e descansar.
O Profeta os adverte que Deus não ficará impassível diante disso:
"Não esquecerei nenhum de vossos atos..." (Am 8, 4-7)

* Essa exploração descrita por Amós não é um fato apenas do passado.
É uma realidade que os pobres conhecem muito bem ainda hoje.
A exploração e o lucro desmedido não fazem parte do projeto de Deus...

Na 2ª Leitura, Paulo convida a elevar ao céu "mãos puras",
numa oração universal, em favor de todos os homens.
A oração só tem sentido se for expressão de uma vida de comunhão,
com Deus e com os irmãos. (1Tm 2,1-8)

No Evangelho, Cristo convida a conseguir a verdadeira liberdade,
servindo a Deus e não ao dinheiro. (Lc 16,1-13)

Ilustra com a Parábola do ADMINISTRADOR infiel, que ao ser despedido, reduz o valor da dívida dos devedores para garantir futuros amigos.

À primeira vista, poderia dar a impressão de que Jesus
elogia a desonestidade e a corrupção do administrador.
Para compreender o ensinamento do Mestre, devemos nos situar no tempo.
Naquela época, os administradores deviam entregar ao empresário
uma determinada quantia; o que conseguissem a mais ficava com eles.
O que fez o administrador? Renunciou ao que lhe cabia nos negócios.
Ele entendeu que, no futuro, mais do que dinheiro, precisava de amigos.
Por isso, renunciou ao dinheiro, para conquistar amigos.

* A "esperteza" do administrador revela a criatividade,
que falta aos "filhos da luz".
Devemos também usar essa "esperteza"
para tornar sempre atual a mensagem de Cristo.

A Busca desenfreada pelo dinheiro continua...
O dinheiro é o deus de muita gente, que está disposta a tudo
desde que faça crescer a conta bancária.
- Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalha
  doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo,
  e esquece de Deus, da família, dos amigos e até própria de saúde;
- por dinheiro, há quem vende a sua dignidade, a sua consciência e
  renuncia a princípios em que acredita;
- por dinheiro, há quem não tem escrúpulos
  em sacrificar a vida ou o nome dos seus irmãos;
- por dinheiro, há quem é injusto, explora os operários,
  se recusa a pagar um salário justo...  

  Talvez nunca cheguemos a estes casos extremos;
  mas, até onde seríamos capazes de ir, por causa do dinheiro?
  A adoração ao "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro
  para construir valores duradouros, geradores de vida e de felicidade.

* Jesus não quer dizer que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral,
   do qual devamos fugir a todo o custo.

O dinheiro é necessário para uma vida com qualidade e dignidade…
Mas ele não pode se tornar uma obsessão, uma escravidão,
pois não nos assegura (e muitas vezes até perturba)
a conquista dos valores duradouros e da vida plena.
O Dinheiro é um "ídolo tirano", que nos escraviza e
nos torna insensíveis a Deus e às necessidades dos outros.

+ Jesus conclui com sentenças sobre o bom uso das riquezas:

- "Ninguém pode servir a DOIS SENHORES... a Deus e ao Dinheiro..."
  * Deus e o dinheiro representam mundos contraditórios...
     Os discípulos são convidados a fazer a sua escolha
     entre o Mundo do DINHEIRO (de egoísmo, interesses, exploração, injustiça)  
     e o Mundo do AMOR (da doação, da partilha, da fraternidade).

- As riquezas não devem ser obstáculo à Salvação,
  mas um meio para fazer amigos "nas moradas eternas."
  Um instrumento de Comunhão entre as pessoas, de amizade, de igualdade...
  Não servir ao dinheiro, mas nos servir do dinheiro
  para servir a Deus e aos irmãos...

- Honestidade tanto nos grandes como pequenos negócios,
  porque quem é fiel no pouco, também é fiel no muito,
  quem é infiel no pouco, também é infiel no muito.
  Quem não é fiel nas riquezas terrenas (no pouco),
  também não é fiel nas riquezas eternas (no muito).

Qual é a nossa atitude diante dos bens terrenos?
Só Deus é o dono de tudo o que existe...
Nós somos apenas administradores...

A qualquer momento, Cristo poderá também nos dizer:
"Presta conta da tua administração!"

- Como estamos administrando? Já garantimos a nossa morada eterna?


                                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 22.09.2013

domingo, 15 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 24.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 15/09/2013



ROTEIRO HOMILÉTICO DO 24.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 15/09/2013

Comum 1324: De Braços Abertos

A Mensagem bíblica da Liturgia de hoje nos fala
da grande MISERICÓRDIA de Deus,
que está sempre de braços abertos
para acolher os pecadores arrependidos.

A 1ª Leitura mostra a MISERICÓRDIA de Deus para com o Povo infiel.
Após ter recebido inúmeros favores de Deus na Libertação do Egito,
o Povo rompe com a Aliança e adora um bezerro de ouro.
Moisés intercede. Deus perdoa e desiste de castigar. (Ex 32,7-11.13-14)

* O BEZERRO DE OURO não pretende ser um novo deus,
mas uma "imagem" de Javé, o que era proibido,
para salvar a transcendência de Javé e
evitar os símbolos e imagens dos cultos pagãos...

Na 2ª Leitura: PAULO fala da MISERICÓRDIA de Deus para com ele:
Recorda o seu passado de perseguidor violento da Igreja.
Mas, pela graça e misericórdia de Deus, tornou-se um Apóstolo...
E hoje manifesta toda a sua alegria e gratidão
pelo que a graça e a misericórdia de Deus fez nele... (1Tm, 1,12-17)

No Evangelho: Jesus fala da MISERICÓRDIA de Deus
para com os Pecadores: (Lc 15,1-32)

- Na Introdução, os fariseus criticam Cristo
  porque "acolhe gente de má fama e come com eles..."
- Essa crítica provoca a Resposta de Jesus
  com as TRÊS PARÁBOLAS DA MISERICÓRDIA
  que ilustram a atitude misericordiosa de Deus para com os pecadores,
  - A Ovelha perdida - A Moeda perdida - O Filho pródigo (perdido)

+ Elas manifestam a Alegria de encontrar o que estava perdido;
   A alegria é tão grande, que precisa ser partilhada com os outros;
   É preciso festejar, tamanha é a felicidade.

+ Elas nos apresentam também Três Realidades:

1. A Existência do PECADO:

Apesar da tendência generalizada que nega qualquer forma de pecado,
devemos sustentar a existência do Pecado:
Nas leituras de hoje, encontramos vários exemplos:
- A IDOLATRIA dos judeus...
- A PERSEGUIÇÃO de Paulo
- A Atitude de INJUSTIÇA do Filho pródigo para com o Pai e
   a vida desordenada com meretrizes...
- A negativa de PERDÃO do irmão mais velho...
- O PURITANISMO dos fariseus e escribas, que murmuravam...
2. A MISERICÓRDIA de Deus:

- O Pai respeita a liberdade do filho,
  mesmo quando busca a felicidade por caminhos errados...
  Continua a amar e a esperar o seu regresso. E quando volta...
- Corre ao encontro, mesmo antes do filho pedir perdão...
- O Beijo revela o perdão, a acolhida, a alegria...
- A veste: manifesta que devolve a dignidade... uma vida nova
- O anel: simboliza o poder... é recebido "como filho", não como empregado...
- As sandálias: são próprias do homem livre, não do escravo...
- Festeja com a alegria o retorno.

* É a atitude de Deus para com os filhos afastados...
   O Filho desprezou sua dignidade de filho,
   o Pai nunca abandonou seu amor de Pai.
- Por que será que o filho mais novo quis ir embora?
  Porque desejava uma vida liberdade, longe dos olhos e controle do pai.
  ou porque o comportamento do seu irmão
  tornava a vida pesada e insuportável naquela casa?

3. A CONVERSÃO do pecador.

O Pecado existe, é uma ação humana que se opõe a Deus.
Todo pecado é uma ofensa a Deus...
Mas a misericórdia de Deus é maior do que todos os nossos pecados...

Contudo supõe uma atitude de retorno: CONVERSÃO.
Assim entenderemos a preferência de CRISTO pelos pecadores,
que humildemente reconheciam suas culpas e
procuravam sinceramente uma conversão.
E compreenderemos também as censuras de Jesus aos fariseus,
representados na Parábola pelo filho mais velho, que não aceita perdoar...

Todos nós somos pecadores... quem mais e quem menos..
A Igreja não é feita de santos, mas de pecadores perdoados...
- A Liturgia afirma: "Somos povo santo e pecador..."
- S. Paulo: "Jesus veio salvar os pecadores e eu sou o primeiro deles". (1Tm 1,15)

+ As Parábolas da misericórdia nos revelam um Deus que ama todos.
As transgressões dos filhos não anulam o Amor do Pai.
Se essa é a atitude de Deus, qual deve ser a nossa
para com aqueles que se afastaram de Deus e da Comunidade?  
A Atitude de Cristo ou a dos fariseus? Do Pai ou do Filho mais velho?
Como viver a misericórdia em nossa Vida, em nossa Família?

Renovemos a nossa fé em Deus, Pai de bondade e misericórdia,
e fiquemos de BRAÇOS ABERTOS também para nossos irmãos.


                                              Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 15.09.2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 23.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 08/09/2013

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 23.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C – 08/09/2013

Comum1323: O Seguimento de Jesus

Estamos no Mês da BIBLIA.
Ela é sempre uma luz em nossa caminhada cristã.
Hoje ela nos fala do Seguimento de Jesus
e suas EXIGÊNCIAS:
Não é um caminho de facilidade, mas sim de renúncia...

A 1ª Leitura lembra que só em DEUS é possível encontrar
a verdadeira felicidade e o sentido da vida. (Sb 9,13-19)

Na 2ª Leitura, Paulo aplica as conseqüências do seguimento de Jesus:
intercede em favor de um escravo fugitivo (Onésimo),
junto a seu "dono" (Filêmon). (Fm 9b-10.12.17)

O Evangelho aponta o "Caminho do Discípulo". (Lc 14,25-33)

- Jesus estava a caminho de Jerusalém... onde iria ser morto numa Cruz...
- O Povo o seguia numeroso, entusiasmado pela sua pessoa.
- Mas Cristo não era um demagogo, que fazia promessas fáceis,
  para atrair multidões a qualquer preço. Ele sabia que entre eles havia:

   * Bons, desejosos da boa palavra... que buscavam sinceramente o Messias...
   * Curiosos: em satisfazer o desejo de novidade...
   * Interesseiros: na esperança de participar da glória e da fama...
   * Inimigos: à espreita de uma ocasião para acusá-lo e condená-lo.

+ Sem medo de perder alguns simpatizantes,
   Jesus aponta TRÊS CONDIÇÕES para segui-lo:

1. DESAPEGO afetivo: aos familiares... até à própria vida:
   "Quem não 'odeia' o seu pai, sua mãe...
     até a própria vida, não pode ser meu discípulo..."
     * ODIAR aqui não significa rejeitar os sagrados laços familiares,
        mas priorizar os valores do Reino.

2. DISPONIBILIDADE em carregar a Cruz:
    "Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim,
      não pode ser meu discípulo..."

      * A CRUZ é a imagem que melhor sintetiza toda a vida de Cristo.

         O "Discípulo" é convidado a imitar o Mestre...

3. RENÚNCIA aos bens materiais:
   "Quem não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo..."
     * Vivendo em função deles, não sobra espaço para Deus,
         nem relações de partilha e solidariedade com os irmãos...

+ Seguir o Mestre, não deve ser uma atitude passageira,
   nascida num momento de entusiasmo,
   mas sim, uma decisão ponderada, amadurecida e coerente até o fim.
+ Duas pequenas PARÁBOLAS,
a TORRE a construir e a GUERRA a conduzir, ilustram
a necessidade de planejar, empenhando-se cada dia na vivência cristã.

 * O Povo não podia se deixar levar pelo entusiasmo momentâneo,
   pelo contrário, devia calcular bem, se está em condições de perseverar...
                    
* O seguimento de Cristo é...

   - um caminho fácil, onde cabe tudo?  ou
   - um caminho exigente, onde só cabem os que aceitam a radicalidade de Jesus?
     A nossa Pastoral deve facilitar tudo, ou ir pelo caminho da exigência?

- A grande maioria no nosso povo se diz "cristão"... seguidor de Cristo...
   Recebe os Sacramentos de Iniciação... Reconhece os valores de Deus e da Fé... 
   mas a vivência cristã deixa a desejar...

- Muitas vezes, ficamos felizes, quando vemos a igreja lotada...
  Mas qual é o verdadeiro motivo que leva muitas pessoas à igreja?
  Todos os que participam com entusiasmo das cerimônias solenes,
  das procissões, das romarias... estão realmente conscientes
  dos compromissos que a fé cristã envolve?

- O que nos diria a respeito, o Evangelho de hoje?
  Será que Cristo está mais interessado no número, ou na qualidade?

+ Há dois tipos de Religião:

- As REVELADAS: como a nossa... em que a Bíblia é a fonte de inspiração...
   É Deus que se revela e nós aceitamos o que essa revelação nos propõe...
- As CRIADAS: que foram inventadas pelos homens,
  segundo o modelo que mais satisfaz seu modo de pensar e de agir...

Qual nos dá mais segurança de realizar o Plano de Deus?
Uma religião mais fácil pode até ser mais atraente...
mas certamente não será a mais fiel à proposta de Cristo... 

à Estamos nós dispostos a ser verdadeiros Discípulos de Cristo,
     pelo caminho duro e exigente, que o evangelho de hoje nos propõe?

     Peçamos a Deus nessa celebração
     muita LUZ para compreender essa verdade...
     e muita FORÇA para sermos fiéis à escolha feita...

Procuremos nesse mês dedicado à Bíblia, valorizar ainda mais a Palavra de Deus
dedicando-lhe um tempo especial dentro do nosso dia,
para uma atenciosa LEITURA ORANTE DA BÍLIA.


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 08.09.2013