sábado, 30 de agosto de 2014

FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA


Parabéns catequistas!

Catequistas, vocês percebem como são importantes num mundo onde todos estão meio angustiados, até mesmo as crianças. Devem ser um sinal de salvação, que é uma coisa acolhedora. Salvação não é um código de leis, mas um ato de amor de Deus, que abraça as pessoas. E o catequista deve ter essa cara de salvação. O mundo precisa disso e o catequista é uma pessoa fantástica, já que faz essa coisa rara no mundo de hoje: ele é "gratuito". Não é gratuito só porque não cobra pelo seu trabalho, mas porque GOSTA de se dar. Deve ser feliz por ser o que é, e ajudar a própria Igreja a perceber o quanto ela também tem que ser assim.

Catequistas, obrigado, porque vocês também se deixaram "SEDUZIR" pelo Senhor...
O Autor sagrado lhes garante: "Felizes os pés que andam para anunciar boas novas".


                                                                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 31.08.2014

FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/
*ÚLTIMO De DOMINGO DE AGOSTO, COMEMORA-SE O ‘DIA NACIONAL DA CATEQUISTA’, FAÇA-SE MENÇÃO ESPECIAL NA “ORAÇÃO DOS FIÉIS”. Diretório da Liturgia (CNBB)
Comum 1422: Seguir Jesus

A Liturgia convida os seguidores do Senhor
a descobrirem a "loucura da CRUZ"
e apresenta dois exemplos: JEREMIAS e PEDRO.

Na 1a Leitura, JEREMIAS descreve sua experiência de Cruz. (Jr 20,7-9)

"Seduzido" pelo Senhor, colocou toda a sua vida a serviço de Deus.
Nesse caminho conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição.
Teve a tentação de largar tudo, mas não desistiu:
"Senti dentro de mim um fogo ardente a me penetrar!..."

* É o grito humano de um coração dolorido,
marcado pela incompreensão e pelo aparente fracasso na Missão...
Diante do sofrimento desanima, mas logo se reanima,
movido por uma grande paixão por Deus.
É a experiência de todos os que acolhem a Palavra do Senhor
e vivem em coerência com os valores de Deus

Na 2ª Leitura, Paulo convida os cristãos a oferecerem a própria vida a Deus.
Esse é o verdadeiro culto que agrada a Deus. (Rm 12,1-2)

No Evangelho, Jesus anuncia aos discípulos a sua Paixão e Cruz
e avisa que o caminho dos discípulos é semelhante. (Mt 16,21-27)

- PEDRO não concorda e começa a "repreendê-lo".
- Jesus rejeita energicamente as insinuações de Pedro e diz:
  "Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...”
  E acrescenta: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
  tome a sua CRUZ e me siga".
* Nós temos facilidade em aceitar a Cruz de Jesus, mas temos dificuldade, 
   mesmo com fé, em aceitar a nossa cruz no nosso dia a dia.

+ A Experiência dos CATEQUISTAS
Como Jeremias e Pedro, eles se deixam "seduzir" por Deus e
aceitam cumprir essa grande missão.
São inevitáveis as dificuldades, os sofrimentos e as perseguições.
Não obstante tudo isso, no final estão convencidos que valeu a pena.

No DIA DO CATEQUISTA, gostaria de aprofundar um tema muito atual:
- Como devem ser os CATEQUISTAS PARA OS NOVOS TEMPOS?
O grande desafio é conseguir chegar até o coração das crianças e
dos jovens do mundo atual, que não dizem mais amém a tudo.

+ UMA NOVA CATEQUESE

No últimos anos, a Igreja está "buscando" novos rumos e novos métodos...
para responder aos desafios do mundo presente. 
Não pode ser uma "escola" para receber o diploma de um Sacramento.
Não pode se reduzir ao estudo de um "livro" (em vários volumes),
mas um processo sistemático e progressivo da fé e da vida cristã.
"Cristianismo consiste em reconhecer a pessoa de Jesus Cristo e vivê-lo"
Para isso, "é condição indispensável o conhecimento profundo da Palavra
de Deus" ((DA 244 e DA 247). Deve ser um Caminho para o Discipulado,
na formação da Fé cristã na Família e na Comunidade eclesial.

+ Daí a importância da FORMAÇÃO dos catequistas.
Precisa haver atenção maior na formação de catequistas,
tanto da paróquia em oferecer meios atualizados e locais adequados,
tanto dos catequistas em buscar métodos novos e mais eficientes de catequizar. Não basta treinar. Deve ser um processo progressivo e permanente de formação.

+ E a INCULTURAÇÃO deve estar presente na Catequese,
descobrindo o modo de pensar e de agir da criança e do jovem de hoje.
É a porta de entrada para um começo de conversa...

+ A presença da FAMÍLIA na Catequese é fundamental.
Falou-se muito de a catequese familiar... seria o ideal...
Mas as crianças que não têm família como ficaria?
E as que têm, será que todas estariam dispostas ou em condições nesse trabalho?
Os catequistas não devem substituir os pais, apenas complementar...
Mas, a Catequese, sem o apoio dos pais, fica profundamente prejudicado...
A melhor lição de catequese é dada pela alegria e pelo entusiasmo,
com que os pais vivem os valores da fé e os ensinamentos de Cristo
e a profunda experiência de Deus dos catequistas.

+ E a COMUNIDADE deve ser um lugar privilegiado dessa experiência, sobretudo na Celebração Dominical da Eucaristia.

+ Catequistas,
vocês percebem como são importantes num mundo
onde todos estão meio angustiados, até mesmo as crianças.
Devem ser um sinal de salvação, que é uma coisa acolhedora.
Salvação não é um código de leis, mas um ato de amor de Deus,
que abraça as pessoas. E o catequista deve ter essa cara de salvação.
O mundo precisa disso e o catequista é uma pessoa fantástica,
já que faz essa coisa rara no mundo de hoje: ele é "gratuito".
Não é gratuito só porque não cobra pelo seu trabalho,
mas porque GOSTA de se dar.
Deve ser feliz por ser o que é, e ajudar a própria Igreja a perceber
o quanto ela também tem que ser assim.

Catequistas, obrigado, porque vocês também
se deixaram "SEDUZIR" pelo Senhor...
O Autor sagrado lhes garante:
"Felizes os pés que andam para anunciar boas novas".


                                                                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 31.08.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 31.08.2014


* ÚLTIMO De DOMINGO DE AGOSTO, COMEMORA-SE O 'DIA NACIONAL DA catequista ", FACA-SE MENÇÃO ESPECIAL NA" Oração DOS Fieis ". Diretorio da Liturgia (CNBB)
Estilo

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 21.º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 24.08.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 21.º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 24.08.2014
FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/
LEITURAS: Is 22,19-23 // Sl 137(138),1-2a.2bc-3.6.8bc (R/.8bc) // Rm 11,33-36 // Mt 16,13-20 (“Tu és Pedro”)

                   Comum 1421: Cristo e a Igreja

A Liturgia nos propõe hoje dois temas fundamentais
da fé cristã: CRISTO e a IGREJA.

Na 1ª Leitura, Isaías mostra como uma pessoa se tornava ministro da casa real através da entrega das chaves do palácio real.  Eleaquim é aqui figura de Pedro
a quem Jesus confiará o governo supremo do Povo de Deus.  (Is 22,19-23)

Essa imagem nos ajuda a entender melhor o Evangelho de hoje.

A 2ª Leitura é um convite a contemplar a Riqueza, a Sabedoria e a Ciência
de Deus, que realiza o seu projeto de Salvação do homem. (Rm 11,33-36)

No Evangelho, vemos Jesus entregando a Pedro as chaves. (Mt 16,13-20)

Da adesão dos discípulos a Jesus, como "o Messias, Filho de Deus",
nasce a IGREJA: a comunidade dos discípulos de Jesus,
convocada e organizada ao redor de Pedro.

O texto tem duas partes:
- A primeira, de caráter cristológico: Quem é Jesus Cristo?
- A segunda, de caráter eclesiológico: Que é a Igreja?

1. Jesus interroga os discípulos:
    O que as pessoas dizem dele e o que os discípulos pensam?
- Para os "homens" Jesus é um homem extraordinário, bom e justo,
  como tantos outros homens antes dele.
- Para Pedro e os discípulos, Jesus é muito mais:
  "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" .

2. Jesus responde à confissão de fé

   A fé da comunidade dos discípulos, apresentada pela voz de Pedro,
   é o fundamento sobre o qual Jesus vai assentar a Igreja.

IGREJA: É a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus
como "o Messias, o Filho de Deus".
Ela existe para testemunhar Cristo e para levar a todos os homens
a proposta de salvação que ele veio oferecer.
Para isso, é confiado a Pedro e à Comunidade o "Poder das Chaves".
Uma missão particular para manter a unidade da fé em Cristo.
Lembra a nomeação do "Administrador do Palácio",
de que fala a primeira leitura.

+ QUEM É CRISTO Hoje?

Apesar do secularismo cada vez mais difundido e de um abandono
da prática e das tradições cristãs cada vez mais generalizado:
é interessante notar como a pergunta continua atual:

- Para os JOVENS, Jesus representa a novidade, a contestação de uma sociedade e de um sistema envelhecido, árido, privado de fantasia e criatividade...
- Para as MASSAS OPRIMIDAS, Jesus aparece como o Libertador,
  o símbolo de uma esperança, que não está somente num futuro misterioso...

- Para os AGENTES de Obras sociais, Jesus é um revolucionário,
  que luta  contra a injustiça, a opressão, a exploração do homem pelo homem...

- Até as pinturas apresentam hoje Jesus Cristo em vestes extravagantes e
  coloridas de um Hippie, ou de um barbudo guerrilheiro "procurado".

E NÓS também fazemos questão de ter uma IMAGEM de Cristo:
de pedra, madeira, ferro, ouro, às vezes como peça preciosa de arte...

Seu NOME é cantado em festas, em momentos de alegria e até de boemia,
e é recordado nos momentos de apuros, como último recurso...

Tudo isso revela uma realidade positiva:
O nosso mundo não pode prescindir de Cristo.
Nossa História está tão marcada por ele, que não se pode ignorá-lo.

+ Quem é Jesus Cristo para mim?
Para responder, não basta procurar na memória alguma fórmula
que aprendemos no catecismo, ou ouvimos de outros ou lemos nos livros.
É preciso procurar no coração, em nossa fé vivida e testemunhada.
Assim descobriremos o que Jesus representa, de fato, em nossa vida.

Cristo não é um personagem histórico morto do PASSADO.
Ele ressuscitou e está vivo.
- Ele vive ainda hoje no menor dos irmãos: vive no mendigo, no migrante,
  no bêbado, no revoltado, no pecador, no ladrão...
- Ele vive dentro de nosso coração. Ele vive em seus familiares, em seus irmãos. 
  Ele vive no coração de todos.
- Ele nos fala ainda HOJE no seu Evangelho:
  que devemos conhecer com fidelidade, que devemos viver com autenticidade,
  que devemos anunciar com renovado ardor missionário...

+ Lugares de encontro com Jesus Cristo (Doc. Aparecida 6.1.2) :

Na fé recebida e vivida na Igreja; na Sagrada Escritura;
na Sagrada Liturgia (especialmente na celebração eucarística dominical);
no Sacramento da Reconciliação; na Oração pessoal e comunitária;
na Comunidade viva na fé e no amor fraterno; nos pobres, aflitos e enfermos...

Descubra a felicidade de servir, de amar, de perdoar,
e Cristo se encarnará em cada um de seus gestos,
e se encarnará em cada rosto de pessoa humana
que você encontrará ao longo de seu caminho.

+ Dia dos Ministérios Leigos:
Nesse domingo, a Igreja recorda e louva a vocação
de tantos homens e mulheres que se dedicam incansavelmente
na construção do Reino de Deus. A eles a nossa gratidão.

                                      Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 24.08.2014


ROTEIRO HOMILÉTICO DO 21.º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 24.08.2014

LEITURAS: Is 22,19-23 // Sl 137(138),1-2a.2bc-3.6.8bc (R/.8bc) // Rm 11,33-36 // Mt 16,13-20 (“Tu és Pedro”)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 20.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A  –17.08.2014
BRANCO –  ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – SOLENIDADE

BRANCO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – SOLENIDADE

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 20.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A  –17.08.2014
BRANCO –  ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – SOLENIDADE
Assunção 2014: Quem é essa Mulher?

Celebramos hoje a festa da Assunção de Nossa Senhora.

Esse DOGMA foi definido como verdade de fé
pelo papa Pio XII em 1950:
"É dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus,
a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena,
 foi elevada em corpo e alma à glória celestial."
Mas a FESTA da Assunção é bem mais antiga.
Inicialmente, era a festa da "Dormição" de Maria (não se fala de morte)
e da transferência de seu corpo para o paraíso.
Em Jerusalém já se fazia nessa época uma procissão ao túmulo de Maria.

As LEITURAS BÍBLICAS relacionam-se com a festa:

1a leitura: Maria, imagem da Igreja. (Ap 11,19a; 12,1-10ab)
Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo.
E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

Essa "Mulher" representa a Comunidade de Israel, composta de 12 tribos.
Mas se aplica também a Maria, de quem nasceu o Messias.

2a leitura: Maria, nova Eva.
Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva,
sinal de esperança para todos os homens. (1Cor 15,20-27)

O texto é uma longa demonstração da ressurreição.
A Assunção é uma forma privilegiada de Ressurreição.
O apóstolo não evoca Maria, mas esta leitura na Assunção,
leva a reconhecer o lugar eminente da Mãe de Deus
no grande movimento da ressurreição.

Evangelho: Maria, Mãe dos crentes.
Cheia do Espírito Santo, Maria encontra palavras de fé e de esperança:
doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada! (Lc 1,39-56)

* O cântico de Maria descreve desde o começo o Plano de Deus,
que prosseguiu em Maria e que se cumpre agora na Igreja.

+ O SENTIDO DA FESTA: uma Mulher SINAL


- A primeira e a mais perfeita discípula de Cristo.
A Virgem se constitui em imagem e tipo de Igreja na ordem da fé,
da caridade e da união perfeita com Cristo.
Maria encarnou em sua pessoa e em sua vida terrena,
o ideal de santidade do seguidor de Cristo.
- Sinal escatológico da Igreja:
Maria Assunta é figura e primícias da Igreja que um dia será glorificada;
é consolo e esperança  do povo ainda peregrino na terra.
É a Ponte da passagem de Israel para a Igreja.
- É um Sinal humano de esperança.
A contemplação de Maria na glória nos faz ver a vitória
da esperança sobre a angústia, da comunhão sobre a solidão,
das perspectivas eternas sobre as temporais, da vida sobre a morte.

+ Maria é um modelo cristão para hoje ?
"A Virgem Maria sempre foi proposta pela Igreja
à imitação dos fiéis não precisamente pelo tipo de vida que levou,
dentro do ambiente em que viveu, hoje superado,
mas sim porque ela aderiu totalmente à vontade de Deus,
porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática,
porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço,
porque foi a primeira e mais perfeita discípula de Cristo". (Paulo VI)

+ Maria sinal do amor de Deus.
Na vida sentimos necessidade de expressões de amor e sinais de carinho,
que os outros têm para conosco e que temos pelos outros:
uma saudação, um beijo, uma carta, um gesto, um sorriso...
Na vida espiritual também necessitamos desses sinais...
Cristo é o grande Sacramento do Pai 
e Maria é o sinal perene e maternal do amor
que Deus nos tem em Cristo Jesus nosso Senhor.

A festa de hoje é sinal do que Deus prepara
para os que são capazes de amar e servir.
É a antecipação do que Deus quer doar: a plena felicidade...

Neste mês vocacional, a Igreja também nos apresenta outra pessoa
que deve ser UM SINAL DE DEUS no meio do povo e
para quem Maria é um modelo a ser seguido: o Religioso e a Religiosa...

Como Maria, os religiosos também:
- fazem uma consagração especial: a Deus e aos irmãos...
- devem ser um SINAL de DEUS no meio do Povo...

Esta festa desperta e reforça a nossa ESPERANÇA,
porque a vitória de Cristo e de sua Mãe assegura também nossa vitória:
nos aponta o destino que Deus quer para todos.

E essa vitória será possível se, a exemplo de Maria,
formos fiéis à Palavra de Deus, tivemos um coração humilde
e estivermos atentos às necessidades dos irmãos...

E como Maria foi um sinal de esperança...
rezemos para que os religiosos também continuem sendo
ainda hoje no meio do povo: UM SINAL DE DEUS...


                                          Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 17.08.2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 19.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 10.08.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 19.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 10.08.2014



Comum 1419: "Coragem, sou Eu!"

A maioria das pessoas acredita em Deus e gostaria de ter um contato mais próximo com Ele. Mas "Onde está Deus?" "Onde o podemos encontrar?"

As Leituras de hoje têm duas cenas muito bonitas, que mostram como Deus SE REVELA.

Na 1a Leitura, Deus se revela a Elias, na BRISA suave. (1Rs 19,9a.11-13)

Cansado e perseguido de morte por Jesabel, Elias foge para o deserto,
a caminho do Monte Horeb, onde Moisés se encontrara com Deus...
- Lá, Elias o esperava no vento, no terremoto, no fogo, mas ele não estava lá.
Deus vai ao seu encontro de uma forma completamente diferente:
"no sopro suave de uma BRISA..." e ali lhe fala...

* Deus geralmente se manifesta na humildade, na simplicidade, na interioridade.
Por isso, é preciso calar o ruído excessivo, moderar a atividade desenfreada, encontrar tempo para consultar o coração, para interrogar a Palavra de Deus,
para perceber a sua presença e as suas indicações, nos sinais,
quase sempre discretos, que ele deixa na história e em nossa vida.

Na 2ª Leitura, Paulo fala que Deus se revelou, oferecendo a todos  
uma proposta de Salvação, mas o seu povo infelizmente a rejeitou. (Rm 9,1-5)

No Evangelho, Deus se revela na TEMPESTADE. (Mt 14,22-33)

- Jesus envia os discípulos em missão na outra margem do lago
  e, cansado, retira-se da multidão... vai ao monte para rezar...
- Enquanto isso, os apóstolos navegam "de noite" preocupados,
  na barca agitada pelos ventos contrários.
- Jesus interrompe o descanso... vai ao encontro, "caminhando sobre o MAR".
- Eles o confundem: "É um fantasma..."
- E Jesus se identifica: "Coragem, SOU EU, não tenham MEDO".
- Pedro o desafia: "Se és Tu, manda-me caminhar sobre as águas".
- Jesus aceita: "Vem!"
- Pedro vai ao encontro de Jesus; mas, assustado pelo vento,
  começa a duvidar e afundar. Então grita por socorro: "Salva-me, Senhor!".
- Jesus antes estende a mão e depois o questiona:
  "Por que duvidaste, homem de pouca fé?"
- Jesus entra na Barca e a tempestade se acalma.
- Então todos se prostram em adoração diante de Jesus, dizendo:
  "Verdadeiramente Tu és o Filho de Deus".
* Deus se manifesta em meio às dificuldades, aos ventos da tempestade.

Enquanto Jesus está em diálogo com o Pai, os discípulos estão sozinhos,
em viagem pelo lago. Essa viagem, no entanto, não é fácil e serena… É de noite; o barco é açoitado pelas ondas e navega dificilmente, com vento contrário.
Os discípulos estão inquietos e preocupados, pois Jesus não está com eles…
Esse BARCO é a COMUNIDADE CRISTÃ:   
A "noite" representa as trevas, a escuridão, a confusão, a insegurança
em que tantas vezes "navegam" através da história os discípulos de Jesus,
sem saberem exatamente que caminhos percorrer nem para onde ir…
As "ondas" representam a hostilidade do mundo,
que bate continuamente contra o barco em que viajam os discípulos…
Os "ventos contrários" representam as resistências ao projeto de Jesus.
Os discípulos de Jesus se sentem perdidos, sozinhos, abandonados, desanimados, desiludidos, incapazes de enfrentar as tempestades que as forças da morte e da opressão (o "mar") lançam contra eles…
É precisamente aí, que Jesus manifesta a sua presença.
Ele vai ao encontro dos discípulos "caminhando sobre o mar".

O episódio reflete a fragilidade da fé dos discípulos, quando tiveram
de enfrentar as forças adversas, sem a presença de Jesus na barca.
Os discípulos seguem a Jesus de forma decidida, mas se deixam abalar
quando chegam as perseguições, os sofrimentos, as dificuldades…
Então, começam a afundar e a ser submergidos pelo "mar" da morte,
da frustração, do desânimo, da desilusão…
No entanto, Jesus lá está para lhes estender a mão e para os sustentar.
Finalmente, a desconfiança dos discípulos transforma-se em fé firme:
"Tu és verdadeiramente o Filho de Deus".

Esse texto é uma CATEQUESE sobre a caminhada da Comunidade de Jesus, enviada à "outra margem", para convidar todos para o banquete do Reino
e a oferecer-lhes o alimento com que Deus mata a fome
de vida e de felicidade dos seus filhos.
- A caminhada não é um caminho fácil.
A comunidade (o "barco") dos discípulos deve abrir caminho
através de um mar de dificuldades, pela hostilidade dos adversários do Reino
e pela recusa do mundo em acolher os projetos de Jesus.
- Os discípulos devem estar conscientes da presença de Jesus.
O "fantasma" do MEDO desvanece e as crises de fé são superadas,
quando aceitamos a presença de Deus em nossa vida pessoal e comunitária.
Ele continua a garantir: "Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo".

+ Dia do Padre: O padre também não está isento de "tempestades",
que se formam dentro e fora da Comunidade.
Nesse dia a ele consagrado, rezemos para que, nesses momentos
em que possa ter a sensação de afundar no mar da frustração e do desânimo,
possa perceber essa presença de Cristo, que vem ao seu encontro
com palavras de esperança. "Coragem! Sou eu. Não tenhas medo!"
Quando Cristo entra na BARCA, o vento e as ondas param...
e volta a tranqüilidade... a paz.
 

                                              Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 10.08.2014

FORMAÇÃO PAROQUIAL PARA MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA