ROTEIRO HOMILÉTICO DO 4.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B – ROXO
– 15.03.2015
Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/
Q1504: Juiz ou
Salvador?
A Quaresma é um tempo oportuno
para purificar idéias
e atitudes de nossa vida cristã.
Muitas vezes somos levados
a ter de Deus a imagem de um juiz severo
e castigador...
Será essa a verdadeira imagem de
Deus que devemos ter?
A Bíblia tem uma imagem bem diferente:
- Um Deus Criador e Amigo... que
dialoga com Adão...
- Um Deus que faz uma Aliança de
amizade com o seu povo...
- Um Deus-conosco ("Emanuel")... que caminha com
o povo...
- Um Deus que liberta... e
salva...
- Um Deus misericordioso, que
perdoa...
- Um Deus Pai... sempre disposto a
acolher o filho pródigo...
O castigo é um remédio extremo para que se arrependa e volte à amizade.
A 1a leitura
revela a Justiça e a Misericórdia de Deus
no tempo do exílio e da
libertação. (2Cr
36,14-16.19-23)
É um resumo da História da
Salvação, em três momentos:
O Pecado do homem, o Castigo
e o Perdão de Deus.
O Povo foi infiel à Aliança. Por
isso, Jerusalém foi destruída e
sua elite foi deportada para a
Babilônia.
Mas Deus não abandona o povo, apesar
das infidelidades.
O povo arrependido voltou seu
coração para Deus e
Deus o conduziu de volta à sua
terra.
Deus é
mais misericórdia, do que justiça...
Na 2a Leitura
Paulo afirma: "Deus é rico em misericórdia...
deu-nos a vida juntamente com Cristo,
quando estávamos mortos por causa de nossas faltas." (Ef 2,4-10).
A Salvação é um dom de Deus: a
salvação, presente de Deus,
chega a nós mediante a fé em, por
e com Cristo...
No Evangelho, Jesus
se revela como Salvador e não Juiz.
A missão de Cristo no mundo e na
história é salvar e não condenar. (Jo 3,14-23).
É a conclusão do diálogo de Jesus
com NICODEMOS,
que nas "trevas da noite", vem falar com
Jesus à procura de "Luz".
No final, descreve o projeto de
Salvação de Deus:
"Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu próprio
filho e
este não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo".
No deserto, os hebreus olhavam
para a serpente
levantada por Moisés como sinal de
cura e libertação.
Faz lembrar a cruz onde foi levantado
o Filho do homem.
Da Cruz de Jesus brota a vida e a
saúde para toda a terra.
Ao olhar com fé para esse sinal,
ficamos curados...
O texto nos convida a contemplar uma História maravilhosa:
O Amor de Deus
oferece ao homem vida plena e definitva.
Aos homens
compete aceitar ou não o dom de Deus.
Jesus não veio
condenar e excluir ninguém da salvação.
Ele é a luz
divina enviada ao mundo para mostrar
o caminho da
verdade e da vida que conduz a Deus.
As pessoas podem
rejeitar Jesus e sua missão,
permanecendo nas
trevas do egoísmo, rejeitando Jesus e sua missão;
ou então aceitar
Jesus e seguir seu projeto,
deixando-se
envolver pela luz da fé e da salvação.
João define o caminho para chegar à vida eterna:
CRER EM JESUS:
- Não é uma mera adesão intelectual a umas verdades
mas acolher
JESUS enviado pelo amor do Pai para salvar os homens.
- É escutar Jesus, acolher a sua mensagem e segui-lo
nesse caminho.
- É deixar as trevas e caminhar para a Luz… É aceitar essa
Luz...
Isso
supõe desfazer-se de muitos projetos pessoais.
E o julgamento final como fica?
Muitos imaginam um Deus severo,
que vai analisar
tudo com rigor até os mínimos detalhes.
Seria então Ele um Pai, que ama os
bons e os maus, como ensinou Jesus?
- Segundo João, o julgamento não é
pronunciado por Deus,
mas pela escolha que cada um faz diante da Luz de Cristo.
"Quem nele crê,
não é condenado.
Mas quem não crê, já
está condenado...
A Luz veio ao
mundo, mas os homens preferiram as trevas."
Por isso, a decisão no julgamento:
- não é propriamente Deus que
faz... somos nós que escolhemos...
- não é apenas no fim do mundo,
mas é aqui e agora.
Cada instante da vida é tempo de
salvação ou de condenação...
Salvam-se os que praticam a
Verdade e se aproximam da "Luz".
Condenam-se os que praticam o mal
e preferem as "trevas".
A salvação é um dom gratuito de
Deus oferecido a todos...
Tudo depende da nossa aceitação ou
não à proposta de Cristo.
O Evangelho fala do amor de Deus
que chega ao ponto de dar o seu
próprio Filho
e insiste também na
responsabilidade do homem,
que deve fazer uma escolha diante
dessa proposta de amor.
Cristo quer ser o nosso Salvador,
não o nosso Juiz...
Qual será a nossa escolha?
Preferimos a Luz ou as Trevas?
Pe.
Antônio Geraldo Dalla Costa - 15-03.2015
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