“O CORPO E SANGUE DE CRISTO” - CLAUDINEI M.
OLIVEIRA.
Quinta - feira, 07 de Junho de 2012.
Evangelho: Mc 14,12 -16.22-26
FONTE: http://liturgiadiariarefletida.blogspot.com.br/2012/06/o-corpo-e-sangue-de-cristo-claudinei-m.html
“Quem come
a minha carne e bebe e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o
Senhor”
A grande
festa do “Corpo de Cristo” anuncia a presença do Cristo no meio do Povo. Ele
morreu, ressuscitou e continua inserido junto a caminhada do povo na igreja
santa. Ao alimentar do Corpo e Sangue de Cristo o cristão está aderindo ao
projeto de Vida e da Unidade de um Deus presente e vivo nos serviços do povo. Esta
festa acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira
Santa, quando se deu a instituição deste
sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que
celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam
em seu Corpo e Sangue. Por isso, através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao
nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos
comunica seu amor e se entrega por nós.
Jesus
simboliza toda a humanidade reunida em torno da mesma fé e na mesma crença.
Partilhou na sua comunidade de discípulos as angústias e perseverança de que
tudo iria acontecer para bendizer ao homem. Foi leal e companheiro de todos.
Incentivou com maestria o caminho para o bem e ensinou como ninguém os truques
para sair das mãos dos aproveitadores.
Mesmo
sabendo que iria deixar a comunidade de discípulos amados, os reuniu em
torno de uma mesa para partilhar o pão e o vinho. Na última ceia Jesus provou
que sua vida terrena estava no ciclo final, mas sua memória jamais poderia ser
esquecida. Assim, todas as vezes que celebramos a Santa Eucaristia, estamos
fazendo a memória de um lutador que animou e continua animando cada cristão a
caminhar pelo caminho da salvação.
Alimentar do corpo e
sangue de Cristo é mensurar na doutrina cristã salvadora que indica o
caminho perfeito para alcançar o pai. Contudo, não basta somente ir à igreja,
sentar-se ao banco e fazer a memória de Jesus na Eucaristia. Para sermos de
fato co-irmãos de Jesus temos que alimentar no Cristo em plenitude, isto
é, abastecer do Espírito Santo que move e inspira estar perto de Deus, mas agir
junto com o povo, cantar na labuta diária os conflitos,
as decepções, apontar caminhos que levem a libertação, principalmente daqueles
marginalizados. Todavia, caros irmãos, é preciso lutar, trabalhar, criar
projetos de vida na comunidade que possa favorecer a paz, a fraternidade, o
amor, a felicidade e alegria.
Jesus
transpirava noventa e nove por cento na caminhada. Levou consigo tudo que
necessitava para alegrar o povo. Ele curava os doentes e expulsava os demônios.
Claro que estamos escrevendo isto no sentido figurado, pois Jesus curava os
doentes dos males que impregnavam as relações sociais como a
fome, violência, os abusos, as injustiças, os aproveitadores; e expulsava
os demônios interesseiros na vida do outro, em querer possuir as riquezas, o suor alheio. Jesus
abastecia toda a legião de seguidores do pão da palavra. O pão da palavra
liberta de todos os males que corroem a vivacidade do povo. O pão da palavra
reanima e consolida a presença real do Cristo Ressuscitado no meio de nós.
Quem
assimila o corpo e o sangue de Jesus assimila seu modo de ser e de agir. Quem
compartilha do mesmo modo de vida de Jesus acredita que vale a pena estar
juntos na Eucaristia e que jamais pode desanimar diante de qualquer obstáculo. Ao
acreditar na mesma fé de Jesus passa a comprometer-se com o projeto do Reino.
Olha que este projeto tão encorpado por Jesus requer
entrega total, despojamento e assiduidade. Não tem como pensar num projeto de
vida sem lutar por ele, não tem como pensar num projeto de vida se não entregar
por ele e fazê-lo acontecer no mesmo modo de Jesus. Portanto,
incorporar o corpo e sangue de Cristo é assumir corajosamente a vontade do Pai.
Jesus
derramou o sangue na cruz não para mostrar que realmente era filho de Deus, não
precisava desta atitude, mas para marcar na terra sua presença libertadora,
esteve na terra não por acaso, mas para cumprir a aliança feita as gerações
passadas. Logo, assimilar esta atitude corajosa compõe na cena da luta para
alinhar o povo na longa jornada.
No canto de
procissão do Santíssimo no meio do povo todos cantam e louvam a Deus por sua
bondade e misericórdia, assim diz a letra do canto: o povo de Deus no deserto andava, mas à sua frente alguém caminhava, o
povo de Deus era rico de nada, só tinha a esperança e o pó da estrada. Também
sou teu povo Senhor, estou nesta estrada, somente a tua graça, me basta e mais nada. Para estar com Cristo não basta riqueza, luxúria, ostentação,
conhecimento exagerado, basta somente a sua graça e mais nada. Este é o povo de
Deus que acreditou e revelou a presença Dele em seu meio.
Serve para
nós. Temos tudo em nossas mãos. Somos perfeitos, alegres e temos a consciência
para o discernimento. Então, só basta comprometer-se com o Deus da vida através
da Eucaristia.
Portanto,
buscamos sempre em nossa alma o corpo de Cristo para nós alimentar, para nos
ensinar a partilhar e para dar força na caminhada da longa jornada; mas bebemos
do sangue de Cristo para fortalecer nosso corpo e aderir ao projeto de vida. Sejamos
queridos discípulos de Cristo e façamos sua vontade. Amém.
Claudinei M. Oliveira.
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