quinta-feira, 31 de julho de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 18 º DOMINGO DO TEMPO COMUM -. ANO A - 2014/08/03



FONTE:   http://www.buscandonovasaguas.com/
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ROTEIRO HOMILÉTICO DO 18.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – 03.08.2014


FONTE:  http://www.buscandonovasaguas.com/

Comum 1418: O Pão Partilhado

Ao redor de uma mesa, acontecem fatos importantes
na vida das pessoas, das famílias e dos povos...
É momento de encontro, de fraternidade, de comunhão...
Comunica-se a alegria de um nascimento ou de um casamento; fortalece-se a amizade, estabelecem-se
contatos de trabalho e celebram-se ritos oficiais.

A Liturgia nos convida a sentar à mesa, que o próprio Deus preparou,
e onde nos oferece gratuitamente o alimento, que sacia a nossa fome
de vida, de felicidade, de eternidade.

Na 1ª leitura, Deus convida a uma MESA farta e gratuita
o povo faminto e sofredor, que estava no exílio.
"Venham matar a sede e comprar sem ter dinheiro
comer sem pagar, beber vinho e leite à vontade". (Is 55,1-3)

Era o apelo do profeta para que o Povo se animasse a voltar
à terra de origem, para recomeçar uma vida nova.
Seria o banquete da vida em liberdade, da terra repartida,
da moradia garantida, da saúde, da paz e bem estar.

A 2ª Leitura é um Hino ao amor de Deus,
que enviou ao mundo o seu próprio Filho,
para nos convidar ao BANQUETE da vida eterna. (Rm 8,35.37-39)

No Evangelho, Cristo realiza a profecia da primeira leitura,
alimentando o povo com a Multiplicação dos Pães. (Mt 14,13-21)

Seguido por uma imensa multidão, Jesus, como um novo Moisés,
vai ao deserto (novo Êxodo), onde repete o milagre do Maná.
Doa o seu pão ao Povo e convida os discípulos a distribuí-lo...

O DESERTO, para Israel, era o lugar do encontro com Deus.
Ali, Israel aprendeu a despir-se das suas seguranças humanas
e descobrir em cada passo a maravilhosa proteção do Senhor.
O deserto é o lugar e o tempo da partilha,
em que todos contam com a solidariedade da Comunidade.

+ PASSOS de Jesus para resolver o problema da fome:,

1. VÊ a "fome" e busca na comunidade a solução do problema.
Quando os discípulos buscam a solução mais fácil, despedindo o povo,
Jesus lhes ordena: "Dai-lhes vós mesmos de comer".
Quantos "famintos" de pão, de alegria, de apoio, de esperança!...
                                                                                                                                                  
2. Ensina COMO dar resposta a este desafio: PARTILHANDO.
Recolhe os "cinco pães e dois peixes", recita a bênção e manda partilhar...
Todos comeram, ficaram saciados e ... até sobrou.

3. Dá a RAZÃO para a partilha: Deus é o DONO de tudo.
"Tomou os 5 pães e os 2 peixes, ergueu os olhos ao céu e recitou a Bênção".
A "BÊNÇÃO" é uma fórmula de ação de graças,
pela qual se agradece a Deus pelos dons recebidos.
Isso significa reconhecer que o dom veio de Deus e
que pertence a todos os filhos de Deus. Não somos donos...

AS LEITURAS NOS LEMBRAM TRÊS VERDADES:

+ Deus convida todos para o "Banquete" do Reino
Os que vivem à margem da vida e da história,
os que têm fome de amor e de justiça,
os que vivem atolados no desespero,
os que o mundo condena e marginaliza,
os que não têm pão na mesa, nem paz no coração,
também são convidados para a Mesa do Reino.

+ Jesus nos compromete com a "fome" do mundo.
- A fome é companheira cruel de milhões de filhos de Deus...
   Quase dois terços da humanidade passa fome...
- Os APÓSTOLOS encontram a solução mais fácil:
  "Despede as multidões": "Mande-os para casa".
- JESUS não fica na mera "compaixão": cura os doentes,
  ilumina o povo com a sua palavra, partilha com eles o pão,
  entrega-se pessoalmente a eles como o Pão da Vida...
  * Quando os Apóstolos falam em "comprar", Jesus manda "dar":
     "Dai-lhe vós mesmos de comer..."
- NÓS também somos responsáveis pela fome no mundo...
  Nenhum cristão pode ficar alheio a essa triste realidade!...
  E o problema da fome no mundo também não se resolve apenas
  com programas de assistência social, mas com a partilha, com o amor.

O milagre da partilha pode acontecer na medida em que todos oferecem
na medida do pouco que tem. Não se trata de quantidade,
mas da generosidade que permite a realização do milagre.
E o milagre da partilha não se fecha nas coisas materiais.
Muitos necessitam um pouco do nosso tempo, de um olhar,                                               de um abraço, de uma visita...

+ Jesus nos convida a sentar à MESA e receber o Pão que ele oferece.

A narração tem um contexto eucarístico (ver palavras da consagração...)
Sentar-se à mesa com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino
e é assumir a lógica da partilha, do amor, do serviço.
Celebrar a Eucaristia obriga-nos a lutar contra as desigualdades,
os sistemas de exploração, os esbanjamentos… (recolheu as sobras...)
Quando celebramos a Eucaristia, tornamos Jesus presente no mundo,
fazendo com que o seu Reino se torne uma realidade viva na história.



                                Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 03.08.2014

Formação Litúrgica da Pastoral da Esperança

Fotos do primeiro dia do “Encontro da Formação Litúrgica da Pastoral da Esperança” – Paróquia Santo Antônio de Pádua / Diocese de Barra do Pirai – Volta Redonda - 30/07/2014
Assessor: Padre Carlos Alberto Gomes da Silva Júnior
Celebramos sempre: A fé, esperança e a caridade! Pe. Júnior




quarta-feira, 23 de julho de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 17.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 27.07.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 17.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 27.07.2014

FONTE: http://www.buscandonovasaguas.com/          

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 17.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 27.07.2014


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Comum 1417: O Tesouro

A Liturgia deste domingo nos convida a refletir nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência.

 As leituras nos ajudam a escolher esses valores...

Na 1ª Leitura, o rei Salomão escolhe o seu tesouro:
a SABEDORIA. (1Rs 3,5.7-12)

- No início de seu reinado, o jovem rei vai a Gabaon,
  onde se achava o Tabernáculo sagrado, construído por Moisés,
  a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor.
- Em sonho, o Senhor manifesta o seu agrado por este gesto e
  convida-o a pedir o que quisesse.
- O rei não se deixou seduzir e alienar por valores efêmeros
  (poder, riquezas, prestígio político).
  Pelo contrário, escolhe o mais importante:
  um coração "sábio" para governar seu povo com justiça e retidão.
- A ESCOLHA agradou plenamente a Deus:
E Deus lhe concedeu uma sabedoria inigualável e acrescentou ainda
outros três valores não solicitados: riqueza, glória e vida longa.      
Salomão soube escolher o melhor: SABEDORIA

* O texto queria também apresentar Salomão como o escolhido do Senhor
   e justificar a sua proverbial sabedoria.

A 2ª Leitura apresenta etapas do caminho que conduz à Salvação.
Precisamos da Sabedoria de Deus, para discernir o desígnio de Deus, que
nos "predestinou" para sermos conformes à imagem do seu Filho. (Rm 8,28-30)

No Evangelho, Jesus apresenta o seu tesouro: o REINO DE DEUS.
É a conclusão do 3º Discurso de Jesus, com as últimas três "Parábolas":
o Tesouro, a Pérola e a Rede. (Mt 13,44-52)

+ O Reino de Deus é um TESOURO escondido...
                                   uma PÉROLA que se procura...

A DESCOBERTA desse tesouro e dessa pérola provoca,
em quem os encontrou, duas atitudes: Renúncia e Alegria.

1. RENÚNCIA a tudo para adquiri-los...
    O Reino proposto por Jesus é um "tesouro" precioso
    pelo qual se renuncia a tudo e pelo qual os seguidores de Cristo
    devem estar dispostos a pagar qualquer preço.

* Desde que descobrimos Cristo, o que mudou em nossa vida?
   O que nós já renunciamos por esse tesouro?
   Onde gastamos mais tempo em nossa vida diária?
   A serviço da comunidade, em leituras sérias, na Oração,
   ou no futebol, na TV, no dinheiro, no bate-papo com os amigos?
2. ALEGRIA muito grande pelo bem encontrado...
Todo comerciante que realizou um bom negócio sente-se feliz...
mesmo tendo de se desfazer de muitos bens...
O Reino de Deus é um tesouro pelo qual compensa
a renúncia de todos os bens deste mundo.

* Demonstramos alegria e felicidade por termos achado o nosso tesouro?
   Se temos consciência desse tesouro,                    
   como podemos permanecer acabrunhados, tristes e desanimados?

+ Mas ficam ainda umas perguntas inquietantes:

Se o Reino de Deus é tão precioso,
  - Por que há tantos homens que o ignoram ou até o desprezam?
  - Por que vemos tantos males entre os bons?
  - Será que, no final, todos teremos a mesma sorte?
 
+ Na 3a Parábola, Jesus nos dá a resposta:
   O Reino de Deus é uma REDE:

A Igreja é comparada a uma rede de arrastão, lançada ao lago,
que apanha peixes de todos os tipos e qualidades...
O Pescador, depois de ter puxado lentamente a rede à terra,
recolhe os peixes, separando os bons e os maus, os aproveitáveis e os inúteis.
Recolhe os bons e joga fora os maus...
Deus não tem pressa em condenar e destruir... sabe esperar...

- Qual a nossa situação: dentro da Igreja, diante do divino Pescador?
Somos um membro vivo, atuante, útil à vida da Igreja,
ou um peixe inútil, desprezado pelo próprio Deus?
Tudo depende de nossa escolha, devemos SABER ESCOLHER...

+ E Jesus conclui o Discurso com um breve diálogo com os discípulos,
no qual afirma que o verdadeiro discípulo é aquele
que descobre o Tesouro do Reino e se compromete com ele.

Só a Sabedoria divina poderá nos iluminar para compreendê-lo e
e assim anunciar a todos com alegria a nossa descoberta.

Como Salomão, peçamos a Deus
- muita SABEDORIA... para saber escolher sempre o verdadeiro Tesouro e
- muito ENTUSIASMO... para nos pôr com alegria na sua conquista...

CANTO: Por causa de um certo Reino...


                                           Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 27.07.2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 16.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 20.07.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 16.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 20.07.2014


Comum 1416: O Joio

Olhando o mundo de hoje,
vemos que o BEM e o MAL caminham juntos.
Por que Deus permite tudo isso?
Por que não intervém para castigar os pecadores?

A Liturgia nos fala da PACIÊNCIA DE DEUS e
nos convida a convivermos com os dois com paciência e prudência.

A 1a Leitura apresenta um Deus indulgente e misericordioso
para com os homens, mesmo quando eles praticam o mal. (Sb 12,13.16-19)

A conquista da terra prometida realizou-se após muitos anos de guerras.
Deus poderia ter evitado o sofrimento, eliminando esses povos pagãos.
Ele não teve pressa em puni-los.
Ama todas as pessoas que criou, mesmo quando praticam o mal.
* Às vezes julgamos certos males como "castigos de Deus".
Deus é tolerante e justo, em quem a bondade e a misericórdia
se sobrepõem à vontade de castigar.
E convida-nos a adotar a mesma atitude.

A 2ª Leitura sublinha a Bondade e Misericórdia de Deus,
afirmando que o Espírito Santo "vem em auxílio de nossa fraqueza",
guiando-nos no caminho para a vida plena. (Rm 8,26-27)

O Evangelho destaca a Paciência de Deus. (Mt 13,24-43)
A presença do "Reino" no mundo é irreversível e
nele todos (bons e maus) têm lugar para crescer e amadurecer.

Na volta da Missão, nota-se a Impaciência dos Apóstolos
para com aqueles que não os acolheram:
"Queres que mandemos que desça o fogo do céu para destruí-los?"
- Jesus critica a pressa dos Apóstolos com TRÊS PARÁBOLAS:
  O trigo e o joio, o grão de mostarda e o fermento na massa...

+ A 1a Parábola (do trigo e do joio) nos revela DUAS ATITUDES:

- A Impaciência dos homens: "Senhor, queres que arranquemos o joio?"
                                                                           
- A Paciência de Deus: "Deixai crescer junto até a colheita..."

Deus não quer a destruição do pecador e a segregação dos maus.
"Deus é paciente e misericordioso lento para a ira e rico de misericórdia" (Sl 85)
Na construção do Reino, é preciso ter Paciência e
esperar a hora certa para a separação final na colheita.

* A "paciência de Deus" com o joio nos convida a rejeitar as atitudes
de rigidez, de intolerância, de incompreensão, de vingança,
e a contemplar os irmãos (com as suas falhas, defeitos, comportamentos)
com os olhos benevolentes, compreensivos e pacientes de Deus.
+ Joio e Trigo estão em toda parte: Mesmo em nossas Comunidades cristãs,
vemos presente tanto joio de desunião, de inveja, de fofocas...

E qual é a nossa primeira atitude? Arrancar o joio? "Nossa História de católicos,
  muitas vezes, se tornou História de arrancadores de joio,
  enquanto deveria ter sido história de perdão, de misericórdia e de amor."

- Esquecemos que o mal e o bem se misturam no mundo, na vida e no coração...
- Esquecemos que o Reino de Deus é um mundo de trigo e de joio,
  de guerra e de paz, de gozo e inquietação...
- Esquecemos que o joio de hoje poderá se tornar amanhã trigo para Deus...
- Esquecemos que mesmo dentro de cada um nós há trigo e joio.
- E Cristo ainda hoje continua repetindo: "Deixai crescer junto, até a colheita".

* O Reio de Deus é uma realidade irreversível,
   que está num processo de crescimento no mundo.

+ O que essa Parábola diz...

- Para LÍDERES de comunidade
  que querem uma comunidade perfeita da noite para o dia?
- Para alguns PAIS
  que querem os filhos mudados num piscar de olhos?
- Para ANIMADORES de movimentos ou pastorais,
  que querem todo mundo atuando como eles?

è É importante saber conviver, no meio dos conflitos...

E então, ficar de braços cruzados passivamente?

Não, as outras duas parábolas complementam a mensagem:

+ Devemos ser a SEMENTE DE MOSTARDA, pequena, insignificante,
   mas que cresce até aninhar os pássaros em seus ramos.
+ Devemos ser o FERMENTO, que leveda toda a massa da farinha,
   o mundo em que vivemos...

à Assim estaremos transformando o JOIO em TRIGO...
     O Reino de Deus já está presente entre nós, mesmo misturado com o joio,
     mesmo pequeno como o grão de mostarda, ou um pouco de fermento...

* E NÓS?   - Somos TRIGO LIMPO: de amor, dedicação e colaboração?
                   - ou talvez JOIO de ódio, discórdia e calúnia?...
Um modo de ajudar a mudar o mundo do mal pelo mundo do bem
é semearmos sempre trigo e nunca joio.
Só com a vivência do Evangelho pode-se mudar o mundo.
O Espírito vem em nosso auxílio para sermos transformados e transformadores.

+ Dia da Amizade, dia do Amigo:
   Lembrando que Jesus é o nosso melhor Amigo,
   queremos celebrar em ação de graças pelos amigos que Deus nos deu.

                                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.07.2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 15.º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 13.07.2014

   

        Comum 1415: O Semeador

A Liturgia desse domingo nos convida a refletir
sobre a importância da PALAVRA DE DEUS
nos exorta a ser uma "terra boa" que acolha a Palavra
e produza frutos abundantes na vida de cada dia.

Na 1ª Leitura, o Profeta compara a Palavra de Deus à CHUVA.
"Não voltará, sem ter cumprido a sua missão". (Is 55,10-11)

* Ao Povo no exílio, já cansado e desiludido de voltar à sua terra,
o profeta anuncia que Deus é sempre fiel às suas promessas.
Sua Palavra é como a chuva e a neve:
caem do céu e não voltam sem terem produzido o efeito.
Deus não esquece o seu povo, sua Palavra nunca falha.

Na 2ª Leitura, Paulo ensina que o tempo da semeadura sempre é difícil,
sofre-se com a dor e a espera, mas não se trata de um grito de morte,
e sim do início de uma nova vida que vem chegando. (Rm 8,18-23)

No Evangelho, com a Parábola da SEMENTE e do SEMEADOR,
vemos que o fruto da Palavra de Deus depende da qualidade da terra. (Mt 13,1-23)

Com essa parábola, Mateus inicia o 3º Discurso de Cristo, composto
de sete Parábolas do REINO, que escutaremos nos próximos 3 domingos.

"O Semeador saiu a semear... a semente". Parte caiu:
  - no caminho... os pássaros vieram e as comeram...
  - no terreno pedregoso: brotou e logo secou.
  - no meio dos espinhos: os espinhos cresceram e sufocaram...
  - na terra boa: produziu 30, 60, 100 por um...

Jesus estava encontrando dificuldade na aceitação de sua Palavra.
- Havia gente que não acreditava...
- Havia gente que embora simpatizasse com Jesus, logo desistia de segui-lo.
- Havia gente que via a mensagem de Jesus como uma ameaça:
  devia mudar de vida, afastar-se do poder, largar as riquezas...
  Por isso, hostilizava e tramava a morte do próprio Jesus.
- No fim estavam ficando com ele só alguns discípulos.
   Até eles tinham as suas dúvidas...
   Será que a palavra de Jesus estava se tornando ineficaz, sem força?

JESUS responde com a Parábola:
Apesar dos obstáculos, a semente não perde a sua força.
Deus lança a sua semente em todas as direções, não recusa:
- nem aos pecadores endurecidos;
- nem às pessoas superficiais;
- nem às pessoas imersas nas preocupações do mundo (prazeres, negócios)...
  O Homem pode fechar-se à Palavra de Deus, rejeitá-la,
   mas sempre haverá terreno onde produzirá 30, 60, 100...
* O acolhimento do evangelho não depende nem da Semente, nem do Semeador,
   mas da QUALIDADE DA TERRA.
+ Diante da Palavra de Deus, há 4 TIPOS DE OUVINTES
   que existiam naquele tempo e que continuam existindo hoje:

- Há aqueles que têm um coração duro como a terra pisada de uma estrada:
não permitem que a semente da Palavra de Deus penetre em seu coração.
E Satanás se encarrega de eliminar os grãos caídos que sobraram no chão.

- Vem em seguida o coração inconstante, que se entusiasma com facilidade, mas depois desanima rapidamente diante das primeiras dificuldades.
A Palavra de Jesus não pode criar aí raízes profundas.  

- Há os que têm um coração materialista. São até "muito religiosos",
mas dão prioridade à riqueza e aos bens deste mundo.
Essas preocupações são como espinheiros que sufocam a semente da Palavra.

- Há também os que têm um coração aberto e disponível.
Neles, a Palavra de Jesus é acolhida e dá muito fruto.

+ A Parábola nos propõe TRÊS PERGUNTAS:

1. Que terreno somos nós ?
Muitas vezes questionamos o PREGADOR ("Semeador") da Palavra de Deus:
"Foi comprido, foi repetitivo... foi pesado..."
Qual tal questionar também a nossa atitude de OUVINTES?

2. Que semeadores somos nós?
- Cuidamos do nosso terreno, retiramos as pedras e espinhos que atrapalham?
Procuramos aprimorar a semente que usamos, ou já tem validade vencida,
porque não estudamos, não nos informamos, não nos atualizamos?
(Na catequese, liturgia, canto, escola, família...)

3. Vale a Pena semear?
A parábola de Jesus é uma Parábola de ESPERANÇA:
Jesus é o Semeador, e nós também o somos, junto com ele...
Ele semeia em todos os terrenos, mesmo nos inférteis.
E algumas sementes acabam germinando...
O importante é semear o grão da esperança.
Semear o sorriso para que resplandeça ao redor de nós.
Semear nossas energias para enfrentar as batalhas da vida.
Semear nossa coragem para reerguer a coragem do outro.
Semear o nosso entusiasmo, a nossa fé, o nosso amor...

O Evangelho de hoje nos garante, que apesar do aparente fracasso,
o sucesso do "Reino" está garantido;
e o resultado final será algo de surpreendente e de maravilhoso.
Deus nos garante: "A palavra de Deus não voltará sem produzir o seu fruto"

  "Põe a semente na terra, não será em vão.
             Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão..." (Canto)
                                            
                                   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 13.07.2014


ROTEIRO HOMILÉTICO DO 15.º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 13.07.2014

quarta-feira, 2 de julho de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 14.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – VERDE – 06.07.2014


                     Comum 0414: Os Humildes

O Mundo de hoje se preocupa em mostrar
a grandeza dos Poderosos.
Deus demonstra a grandeza dos Humildes.

As Leituras Bíblicas confirmam essa verdade.

A 1a Leitura descreve a volta do Rei vitorioso a Jerusalém. (Zc 9,9-10)

O povo aguardava uma entrada triunfal e
o profeta Zacarias anuncia uma entrada humilde e pacífica,
montando não um cavalo de guerra, mas um jumento.

* Esta profecia faz lembrar a entrada de Jesus em Jerusalém.
O povo esperava um Rei messiânico poderoso.
E Jesus não se impõe pelo luxo ou pela força de um exército poderoso,
mas montando um jumentinho, levando a todos a paz.
Com este gesto, provará que conquistará o coração dos homens,
com o seu amor... não pelas armas.

Na 2ª Leitura, Paulo ensina que a vida "segundo a carne" gera morte;
e que a vida "segundo o Espírito", que recebemos no Batismo,
gera vida. (Rm 8,9.11-13)

O Evangelho narra o retorno dos Apóstolos
da 1a Missão Apostólica. (Mt 11,25-30)    

- Os Apóstolos voltam cansados, mas alegres e exultantes,
   por terem expulsado até os demônios.
- Jesus os escuta com muita atenção e interesse:
   muitos aceitaram sua pregação... outros não...
- Jesus faz uma oração de louvor, porque a proposta de salvação
   encontrou acolhimento no coração dos humildes:
"Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligentes
e os revelastes aos pequeninos."

* Os Grandes e poderosos, os sábios e inteligentes não perceberam
   a presença do Reino de Deus e não acolheram a sua mensagem...
   Os Pequenos, os pobres, os humildes, os marginalizados
   acolheram com entusiasmo a sua palavra e o seu Reino.

   Deus nega-se aos doutos ensoberbecidos pela própria ciência,
   e se revela aos simples, conscientes da própria pequenez.
   Deus goza com os humildes, por pobres e pecadores que sejam...
   e resiste aos soberbos, por mais santos que imaginem ser.

+ E Jesus acrescenta: "SIM PAI, porque assim foi do teu agrado" :

    Oração despercebida, mas lema de vida para muitos (inclusive meu)...
    - Sim Pai: atitude de Cristo: sua vida foi um contínuo SIM PAI...
- mesmo agora que desejava que todos acolhessem a boa nova...
- no horto das Oliveiras...     
- no Pai Nosso...

    - Sim Pai deve ser também o nosso caminho da Salvação.
      É a vontade de Deus, vivida como se manifesta a cada momento...
      Dizendo Sim Pai, algo maravilhoso vai acontecer.
      Será o princípio de uma vida nova e a origem de um novo amor.
    - Quem vive esse SIM PAI: encontra a Paz, que Cristo veio trazer.

+ E Jesus faz um CONVITE:
"Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar
o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso...
porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve".

Jesus vai tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes
haviam criado para o povo.
Em troca, ele traz um novo modo de viver na justiça e na misericórdia.

Cansados e aflitos são todos os que sofrem na vida.
São os pobres de Deus, aos quais Jesus dirige sua alegre notícia
e entre os quais ele se sente como um deles.

Na vida quanta miséria humana: quantos problemas, quantos sofrimentos
quanta desilusão e quanto amor negado!
Há problemas que não tem solução, há dor que nenhum analgésico cura,
há escuridão onde a luz não penetra! E Cristo nos repete:
"Venham a mim vocês todos que estão cansados... e eu os aliviarei..."
Só ele poderá aliviar o peso de nossos sofrimentos...

Quando os planos de Deus não correspondem aos nossos, rezemos
com generosidade: "SIM PAI, porque assim foi do teu agrado..."
Estou convencido que muito mais Paz começará a reinar em nosso coração...
                 
Senhor abre nossos ouvidos e nossos olhos
para que possamos ver e ouvir o que é bom e justo.
Clareia a nossa mente para podermos entender
o significado profundo de nossa existência.
Fazei que busquemos a sabedoria que vem de vós.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!     
 

                      Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 06.07.2014 

ROTEIRO DO HOMILÉTICO 14 º DOMINGO DO TEMPO COMUM -. ANO A - VERDE - 2014/07/06