terça-feira, 25 de março de 2014

TERÇO DOS HOMENS


ROTEIRO HOMILÉTICO DO 4.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 30.03.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 4.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A –  ROXO – 30.03.2014
Missa pr “Laetare”: Cr, Pf da Quaresma I.
Leituras: 1Sm 16, 1b.6-7.10-13a // Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R/.1) // Ef 5,8-14 // Jo 9,1-41 ou mais breve. Jo 9,1.6-9.13-17.34-38 (Cego de nascença)
No ofício e na Missa deste Domingo, ornamenta-se o altar com flores, toca-se o órgão e permitem-se paramentos cor-de-rosa.
Quaresma 1404: Filhos da Luz

A Liturgia de hoje continua
a CATEQUESE BATISMAL da Quaresma.
- Vimos o símbolo da ÁGUA, com o episódio da Samaritana.
- Hoje prossegue o tema da LUZ, com a cura do cego.
- E veremos o tema da VIDA, com a ressurreição de Lázaro...

As Leituras nos lembram a Luz da fé recebida no Batismo
com a vela acesa na mão, e também nos exortam a "viver na Luz".

Na 1ª leitura Davi é UNGIDO para rei de Israel. (1Sm 16,1b.6-7.10-13a)

* A Unção de Davi, eleito pessoalmente por Deus,
é figura profética da Unção Batismal dos cristãos.

Na 2ª Leitura, Paulo salienta a necessidade de viver como filhos da "Luz".
No Batismo, recebemos a Luz de Cristo e fomos convidados
a ser Luz e caminhar sempre no caminho da Luz. (Ef 5,8-14)

No Evangelho, Jesus UNGE um cego com "Barro",
revelando-se como a "Luz do Mundo",
que veio libertar os homens das trevas. (Jo 9,1-41)

São João costuma tomar um fato da vida de Jesus como ponto de partida
para desenvolver um tema básico da mensagem cristã.
A cura do cego descreve o processo de fé de um homem,
que vai passando das trevas da cegueira, para a luz da visão,
e desta para a Luz da fé em Cristo.
Esse texto é uma Catequese sobre a fé, num contexto batismal.
O "Cego" é símbolo de todos os homens que renascem pela fé,
acolhendo a Jesus (no Batismo) e deixando-se conduzir pela sua palavra.

+ Tudo começa com uma PERGUNTA dos discípulos a Jesus:
    - "Por que esse homem nasceu cego?"
        Seria castigo de Deus? Quem pecou?
    - Jesus RESPONDE: "Nem ele, nem seus Pais pecaram..."
      E continua a sua resposta, passando das palavras aos atos.

Na CURA, para dar a "Luz" ao cego, Jesus usa um método estranho:
Com saliva faz "barro" na terra, unge com esse barro os olhos do cego
e manda lavar-se na piscina de Siloé.
A cura não é imediata: requer a cooperação do enfermo.
- A disponibilidade do cego sublinha a sua adesão à proposta de Jesus.
- O banho na piscina do "enviado" é uma alusão à "Água de Jesus".
- Lembra também a água do BATISMO para quem quiser sair das trevas
  para viver na luz, como Filhos de Deus...

Depois, o Evangelho coloca em cena vários PERSONAGENS:


- Os VIZINHOS percebem o dom da vida que vem de Jesus,
mas não dão o passo definitivo para ter acesso à Luz.
Representam os que percebem a proposta libertadora de Jesus,
mas não estão dispostos a sair da sua vidinha, para ir ao encontro da "Luz".

- Os FARISEUS conhecem a "luz", mas se recusam em aceitá-la.
Acusam-no de transgredir a lei do sábado e expulsam o cego da sinagoga.
Representam aqueles que conhecem a novidade de Jesus,
mas não estão dispostos a acolhê-lo e até hostilizam os seus seguidores.

- Os PAIS constatam o fato, mas evitam comprometer-se...
É a atitude de MEDO dos que não tem coragem de passar das trevas para a Luz.
Preferem a segurança da ordem estabelecida, do que correr riscos...

- O CEGO é questionado pelas AUTORIDADES sobre a origem de Jesus.
E ele, como "pessoa iluminada", mostra-se: Livre (diz o que pensa...);
corajoso (não se intimida); sincero (não renuncia à verdade);
suporta a violência (é expulso da sinagoga).

- JESUS reaparece no fim: vai ao seu encontro, inicia um DIÁLOGO,
que culmina com um belo ato de fé do cego: "Eu creio, Senhor".

+ A Transformação do cego é progressiva:
 - Antes de se encontrar com Jesus, é um homem prisioneiro das "trevas",
   dependente e limitado. "Não sabe quem o curou"...
- Depois, a "luz" vai brilhando aos poucos na sua vida.
  Forçado pelos dirigentes a renegar a "luz" e a liberdade recebida,
  recusa-se a regressar à escravidão...
- Finalmente, encontrando-se com Jesus,
  que lhe pergunta: "Acreditas no Filho do Homem",
   manifesta sua adesão total: "Creio, Senhor". Prostra-se e o adora. 

* O Caminho de fé do cego é um itinerário para todo cristão:
O Encontro com Jesus ... a Adesão à "Luz" e
um progressivo amadurecimento no Conhecimento de Cristo.
Esse caminho desemboca na adesão total a Jesus,
ao ser lavado pelas águas batismais.

+ O Prefácio sintetiza:
"Jesus conduziu à Luz da fé a humanidade que caminhava nas trevas.
E elevou à dignidade de filhos os escravos do pecado,
fazendo-os renascer das águas do Batismo".

Nesta Quaresma, somos convidados a viver a experiência catecumenal,
renovando o nosso Batismo, mediante o Sacramento da Penitência.
No Batismo, os nossos olhos se abriram a Cristo, se dissiparam as trevas
e fomos ungidos pelo Espírito para servir a Deus e aos irmãos.

Quanto mais buscamos Jesus como "Luz", mais nossa vida terá sentido.

Como o cego, renovemos a nossa fé, cantando: Deixa a luz do céu entrar!

                                                 Pe Anônio Geraldo Dalla Costa 30.03.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 4.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 30.03.2014

Missa pr “Laetare”: Cr, Pf da Quaresma I.
Leituras: 1Sm 16, 1b.6-7.10-13a // Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R/.1) // Ef 5,8-14 // Jo 9,1-41 ou mais breve. Jo 9,1.6-9.13-17.34-38 (Cego de nascença)
No ofício e na Missa deste Domingo, ornamenta-se o altar com flores, toca-se o órgão e permitem-se paramentos cor-de-rosa.


terça-feira, 18 de março de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 3.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 23.03.2014

LEITURAS: Ex 17,3-7 // Sl 94(95),1-2.6-7.8-9(R/.8) // Rm 5,1-2.5-8 // Jo 4,5-42 ou mais breve. Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42 (Samaritana)

                    Quaresma 1403: Dá-me dessa Água

A Quaresma, na Igreja primitiva, além de ser
um tempo de penitência e de conversão,
era um tempo de preparação para os batizados,
que aconteciam no sábado santo, na Vigília Pascal.

Por isso, nesses três domingos, que antecedem a semana santa,
aparece o tema batismal com os símbolos:
- da Água, no diálogo com a Samaritana,
- da Luz, na cura do cego;
- da Vida, na ressurreição de Lázaro.
Hoje nos apresenta o símbolo mais importante, a ÁGUA,
que exprime o milagre renovado da VIDA.

Na 1a Leitura, o povo pede ÁGUA (Ex 17,3-7)

No deserto, o povo reclama revoltado contra Moisés,
pedindo água, para manter-se vivo: "Dá-nos água para beber..."
E Deus intervém, fazendo brotar milagrosamente água da rocha de Horeb.

* Moisés dá de beber a seu povo. É imagem de Cristo,
   que no futuro dará a água da vida, que é o Espírito Santo

Na 2ª Leitura, Paulo resume a fé da Igreja no dom da água viva
presente na vida de cada discípulo de Cristo.
Todos podemos saciar a nossa sede em Deus. (Rm 5,1-2.5-8)

No Evangelho, Jesus pede e oferece ÁGUA à Samaritana. (Jo 4,5-42)

- Jesus cansado... sedento... senta-se ao lado do poço de Jacó...
  Uma mulher anônima... balde vazio... coração vazio... busca água...
- JESUS quebra preconceitos de raça, de sexo, de religião...
   e toma a iniciativa: "Dá-me de beber".
- A Mulher estranha... (os apóstolos também): falar com samaritana e mulher...
- Do diálogo nasce a mútua compreensão.
  A mulher descobre em si mesma uma sede mais profunda de amor,  
  pois apesar dos 5 maridos que já tivera, vivia um grande vazio...
  E Jesus se revela como água viva, capaz de saciar qualquer sede humana...
- Inicialmente ela fica confusa... no final ela pede "dessa água".
  Reconhece Jesus como "Salvador do Mundo",
  o Templo onde Deus "deve ser adorado em espírito e verdade".
  Abandona o "Velho balde" e corre para a cidade,
  para anunciar ao povo a verdade que tinha encontrado.

+ O Caminho da Samaritana:
   Esse Diálogo mostra a grande pedagogia de Jesus,
   que se revela aos poucos, até chegar à manifestação plena.
   - No começo, a mulher só pensa na água material (seus desejos, os maridos...)

   - Aos poucos começa a compreender e aceitar a proposta de Jesus:
      Inicialmente, ela vê nele apenas um judeu viajante;
      depois, o chama de "Senhor"; em seguida, reconhece que é um Profeta;
      No final, descobre nele o Messias esperado pelo povo.
   - Abandona então o balde que dá acesso às suas propostas limitadas
     de felicidade, e corre até a cidade para anunciar a sua descoberta.

     Essa mulher desprezada, após escutá-lo como DISCÍPULA,
     torna-se MISSIONÁRIA de Cristo, antes mesmo dos apóstolos...

+ A água do poço é símbolo de todas as satisfações humanas,
   na esperança de encontrar nelas a nossa felicidade,
   mas que no fim deixam sempre muito vazio e muitas desilusões...
= Essa água não satisfaz plenamente, todos os dias precisamos voltar ao poço...

+ A água de Jesus é o espírito de Deus, o amor que enche os corações. 
   Só Cristo mata definitivamente a sede de vida e felicidade do homem.
   Essa água nos faz pensar também no BATISMO,
   que foi o nosso primeiro encontro com Jesus.

+ O Prefácio resume em poucas palavras o episódio:
   Ao pedir à Samaritana que lhe desse de beber, Jesus lhe dava o dom de crer.
   E, saciada sua sede de fé, lhe acrescentou o fogo do amor".

+ O nosso caminho...

- No passado, o POÇO sempre foi um lugar de ENCONTRO.
- Os homens continuam ainda hoje procurando um Poço,
   para saciar sua sede profunda de vida.
   Buscam cada vez mais "coisas" para saciá-la e nada os satisfaz.
 - Cristo continua vindo ao nosso encontro. Senta perto do nosso poço
   e nos convida a revisar a fundo a nossa vida e o sentido de nossa fé cristã
   para sermos autênticos adoradores do Pai em espírito e verdade.

- Antes de nos encontrar com Cristo, também nós estávamos
  preocupados com nossos problemas, desejos, ambições,
  e o nosso coração estava sempre repleto de tristeza e insatisfação. 
  Precisávamos todos os dias voltar ao poço e encher o nosso balde...

- Um belo dia, o encontro com Cristo aconteceu...
  A conversa com esse "Jesus" despertou em nós uma curiosidade,
  que nos levou a conhecer melhor a pessoa de Cristo e sua mensagem.

- No final da caminhada, encontramos essa água viva, prometida por Jesus.
  Abandonamos então o "velho Balde" e sentimos a necessidade de correr
  para anunciar a todos, como Missionários,
  a nossa descoberta e a nossa felicidade... 

Façamos nosso o pedido da Samaritana:
"Senhor, dá-nos sempre dessa água!"


                                    Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 23.03.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 3.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 23.03.2014

LEITURAS: Ex 17,3-7 // Sl 94(95),1-2.6-7.8-9(R/.8) // Rm 5,1-2.5-8 // Jo 4,5-42 ou mais breve. Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42 (Samaritana)


quarta-feira, 12 de março de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 2.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 16.03.2014


Leituras: Gn 12,1-4a // Sl 32(33), 4-5.18-19.20.22(R/.22) // 2Tm 1,8b-10 // Mt 17,1-9 (Transfiguração)

  Quaresma 1402: Do Tabor ao Calvário

A Vida cristã pode ser comparada a uma caminhada
que deve ser percorrida na escuta atenta de Deus,
na observância total aos seus planos.
A Quaresma é um momento forte para rever essa caminhada.

As Leituras bíblicas de hoje nos ajudam...

Na 1a Leitura, vemos a caminhada de Abraão: (Gen 12,1-4)

- Deus chama Abraão, convida-o a deixar a terra e a família e
  a partir ao encontro de uma outra terra,
  para ser um sinal de Deus no meio dos homens.
- Deus lhe oferece a sua bênção e a promessa de uma família numerosa,
  que será testemunha da Salvação de Deus diante de todos os povos.
- Diante do desafio de Deus, Abraão pôs-se a caminho.
  Abraão percebe o projeto de Deus e o segue de todo o coração.

* Confiante na Palavra de Deus, mostrou-se disposto a deixar tudo
   e iniciou uma caminhada em busca da Terra Prometida.
   Também nós somos peregrinos em busca de uma Terra Prometida.

Na 2ª leitura, São Paulo exorta Timóteo a superar a sua timidez e
a ser um modelo de fidelidade no testemunho da fé. (2Tm 1,8b-10)

* É um apelo aos seguidores de Jesus,
   a serem verdadeiras testemunhas do projeto de Deus no mundo.
   Nada poderá afastar o discípulo dessa responsabilidade.

No Evangelho, vemos a Caminhada de Jesus:  (Mt 17,1-9)

A caminho de Jerusalém, Jesus faz o primeiro anúncio da Paixão.
O caminho da salvação esperado pelos discípulos é bem diferente.
Por isso, ficam profundamente desanimados e frustrados.
A aventura parece encaminhar-se para um grande fracasso.
- Para fortalecer o ânimo profundamente abalado dos discípulos,
Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João,
e revela-lhes no Monte Tabor a glória da divindade.
Após um momento de medo, eles reencontram a paz e a alegria.

Com a TRANSFIGURAÇÃO, Mateus quer duas coisas:
- Revelar: QUEM É JESUS: É "o Filho amado do Pai" e
- Convidar: "Escutem o que ele diz".

* Pela Transfiguração, Deus demonstra que uma existência feita dom
não é fracassada, mesmo quando termina na cruz.
A Celebração da Transfiguração de Jesus nos faz
Testemunhas vivas da meta que nos aguarda.

- Por que Moisés e Elias?
  Eles representavam para os israelitas todo o Antigo Testamento.
  Jesus é a explicação e a realização de toda a Lei e os Profetas.
  No Monte Sinai, falavam com Deus, aqui estão falando com Jesus...
- Israel era o filho predileto de Javé.
  Jesus é o Filho predileto do Pai, que os discípulos devem ouvir.

  Por isso: "os três levantaram os olhos e viram Jesus."
  Moisés e Elias desapareceram, já cumpriram a sua missão:
  apresentar ao mundo o Messias, o novo Profeta, o novo Legislador.

O Prefácio resume o sentido do evangelho de hoje:
"Cristo, depois de anunciar a morte a seus discípulos,
mostrou-lhes no Monte santo o esplendor de sua glória
para testemunhar, de acordo com a Lei e os Profetas,
que a Paixão é o caminho da Ressurreição."

A Nossa caminhada para Deus:
Também nós somos chamados por Deus a uma caminhada,
que é íngreme e difícil, como a escalada de uma alta montanha.
No final dessa viagem, que começa com o BATISMO,
seremos envolvidos pela mesma "nuvem luminosa",
que envolveu o Mestre e brilharemos como o sol no reino do Pai.
Como os apóstolos, também seremos tentados a desanimar.
Mas Jesus nos dá força para enfrentar e olhar além.
Ao transfigurar-se aos apóstolos na glória da Trindade,
quis manter viva neles a chama da esperança.
Com a sua morte, o sonho não tinha acabado.
Por isso, eles e nós não devemos desanimar, por causa da cruz.

+ "Descer o Monte"
Na Transfiguração, Jesus nos revela também o valor da Vida.
Em Jesus aparece a beleza do ser humano,
que deve ser respeitado em todas as etapas da sua existência
e com ele toda natureza que o envolve.

Diante das ameaças e agressões à Vida, Jesus nos tranqüiliza:
"Levantai-vos. Não tenhais medo!".
Convida-nos a "descer o Monte" e retomar
a dolorosa caminhada em defesa da Vida.

Pela Transfiguração, Jesus mostra que essa realidade hostil,
em que vivemos, pode e deve ser mudada, transfigurada...
O caminho é escutar o Filho amado e segui-lo com fidelidade...

Que a Caminhada Quaresmal nos ajude a descobrir esse Cristo glorioso,
a escutar e acolher a sua voz
para que a Páscoa aconteça dentro de cada um de nós.


                                      Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 16.03.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 2.º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – ROXO – 16.03.2014


Leituras: Gn 12,1-4a // Sl 32(33), 4-5.18-19.20.22(R/.22) // 2Tm 1,8b-10 // Mt 17,1-9 (Transfiguração)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Missa de “Abertura da Campanha da Fraternidade 2014” PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Missa presidida pelo padre José Vidal de Amorim e concelebrante o padre Carlos Alberto Gomes da Silva Junior, (aniversariante do dia), com participação das 17 comunidades da “Paróquia Santo Antônio de Pádua”.
Tema: “Fraternidade e Tráfico Humano”
Lema: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).
Após o encerramento da celebração, a assembleia permaneceu para apreciar uma peça de teatro encenada pelos jovens da Comunidade Santo Antônio de Pádua – Saudade voltada para o tema da Campanha da Fraternidade abordando um pouco de todo tipo de tráfico que a campanha deseja conscientizar e combater para que tenhamos um mundo melhor (…). Estão de parabéns os jovens que encenaram a peça, muito bom!!!
Finalizando a programação do dia, padre Junior recebeu os abraços de “Feliz aniversário” de todos e deliciamos o bolo preparado com muito carinho.






CONVITE PARA O TERÇO DOS HOMENS


COMUNIDADE SANTA CLARA DE ASSIS - MISSA DE 10 ANOS DA COMUNIDADES


quarta-feira, 5 de março de 2014

ABERTURA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014


Texto base Campanha da Fraternidade 2014

Texto base Campanha da Fraternidade 2014

by Professor universitário e pesquisador at marista on Feb 27, 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 1.º DOMINGO DA QUARESMA – ROXO – ANO A – 09.03.2014


LEITURAS: Gn 2,7-9;3,1-7 // Sl 50(51), 3-4.5-6a.12-13.14.17(R/.3a) // Rm 5,12-19 ou mais breve 5,12.17-19 // Mt 4,1-11 (Tentação de Jesus)

ROTEIRO HOMILÉTICO DO 1.º DOMINGO DA QUARESMA – ROXO – ANO A – 09.03.2014

LEITURAS: Gn 2,7-9;3,1-7 // Sl 50(51), 3-4.5-6a.12-13.14.17(R/.3a) // Rm 5,12-19 ou mais breve 5,12.17-19 // Mt 4,1-11 (Tentação de Jesus)

Quaresma1401: As tentações continuam...

A Quaresma é um tempo sagrado para aprofundar
o Plano de Deus e rever a nossa vida cristã.
E nós somos convidados pelo Espírito ao DESERTO
da Quaresma para nos fortalecer nas TENTAÇÕES,
que freqüentemente tentam nos afastar dos planos de Deus.

As Leituras bíblicas nos ajudam nesse sentido...

A 1a Leitura apresenta a tentação de Adão e Eva: (Gen 2,7-9.3,1-7)

Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena.
No entanto o homem preferiu construir o "paraíso" a seu modo.
Rompendo com o projeto de Deus, "sentiu-se nu",
despojado dos dons de Deus, incapaz de ser feliz.

A finalidade do autor sagrado não é uma descrição histórica ou científica,
mas uma Catequese sobre a Origem do Mundo e da Vida.
- O Homem vem "da terra", no entanto recebe também o "sopro de Deus".
- Deus criou o homem para ser feliz, em comunhão com Deus
  e indica-lhe o caminho da imortalidade e da vida plena.
- A escolha errada do homem, desde o início da história,
  destrói a harmonia no mundo e é a Origem do Mal.

- "Jardim, plantas, água abundante": é o ideal de felicidade
   desejado por um povo que vive os rigores do deserto árido.
- "Árvore da vida": símbolo da imortalidade concedida ao homem.
- "Árvore do conhecimento do bem e do mal": representa a auto-suficiência
   de quem busca a própria felicidade longe de Deus.
- "Nus": Despojados da dignidade inicial (viver nu é a condição dos animais).
- "A Serpente": representa a Religião Cananéia, que cultuava a serpente.
   Por ela, os israelitas eram tentados a abandonar o caminho exigente da Lei.
   É símbolo de tudo o que afasta os homens de Deus e de suas propostas.

A 2ª Leitura nos propõe dois exemplos: Adão e Jesus. (Rm 5,12-19)

Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus
e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena;
Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus.
O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte;
o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.

O Evangelho fala das tentações de Jesus. (Mt 4,1-11)

Na sua quaresma no DESERTO, Jesus é tentado três vezes a abandonar
o plano de Deus e procurar outros caminhos, mas Ele se recusa.

Esse relato não é uma reportagem histórica, mas uma Catequese, cujo objetivo
é mostrar que também Jesus foi tentado, mas foi fiel à vontade do Pai.
Os 40 dias simbolizam os 40 anos passados por Israel no deserto.
Jesus revive a experiência da fome e da confiança do povo na Providência divina.
Mateus sintetiza em três tentações simbólicas todas aquelas provas,
que Jesus enfrentou e venceu durante toda a sua vida:

1) Tentação da Abundância (Riqueza):
Jesus é tentado a transformar as pedras em pães, como no tempo do Maná.
Jesus vence a prova, demonstrando a necessidade essencial
de alimentar-se da Palavra de Deus: "Nem só de pão vive o homem..."

2) Tentação do Prestígio:      
Jesus poderia ter escolhido um caminho de êxito fácil, mostrando o seu poder através de gestos espetaculares e sendo admirado e aclamado pelas multidões.
Jesus rejeita todo o desejo de prestígio e afirma:
 "Não tentarás o Senhor teu Deus".
Não força Deus para solucionar magicamente problemas humanos.

3) Tentação do Poder:
Jesus poderia ter escolhido um caminho de poder, de domínio.
No entanto, Jesus rejeita essa tentação, afirmando: "Só a Deus adorarás".

As três tentações aqui apresentadas são três faces de uma única tentação:
ignorar as propostas de Deus e escolher um caminho pessoal.
Jesus recusou a tentação do pão, da glória e do poder...
Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental:
a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projeto…
Na Palavra de Deus, encontra a força e a resposta para vencê-las...

 + As Tentações continuam ainda hoje...
Ainda hoje somos tentados a esquecer as propostas de Deus
e seguir outros deuses.
A Quaresma é um tempo favorável para rever quais são os ídolos,
que adoramos no lugar de Deus e
que condicionam as nossas decisões e opções.
As tentações de ontem e de hoje, são fundamentalmente as mesmas:

- Tentação da Riqueza: de "ter mais": dinheiro, bens, conforto, comodidade...
  Até recusamos compromissos voluntários, pois podem prejudicar o conforto...
  achando que para ser feliz, basta ter muitos bens...

- Tentação do Prestígio, da fama: Adoramos ser elogiados, aparecer...
   Até exigimos de Deus sinais do seu amor:
   E se o milagre não acontece, a nossa fé vacila!...

- Tentação do Poder: procuramos o Poder a todo custo e
  o exercemos com prepotência... em todos os ambientes...  

+ As tentações continuam ainda...  Qual é a nossa atitude diante delas?


                                         Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa -09.03.2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

ROTEIRO HOMILÉTICO DA QUARTA – FEIRA DE CINZAS – ANO A – ROXO – 05.03.2014


LEITURAS: Jl 2, 12-18 // Sl 50(51), 3-4.5-6a.12-13.14 e 17 (R/.cf 3a) // 2Cor 5,20-6,2 // Mt 6,1-6.16-18 (A esmola, a oração e o jejum)

MISSA DA IMPOSIÇÃO DAS CINZAS


ROTEIRO HOMILÉTICO DA QUARTA – FEIRA DE CINZAS – ANO A – ROXO – 05.03.2014

ROTEIRO HOMILÉTICO  DA QUARTA – FEIRA DE CINZAS –  ANO A – ROXO – 05.03.2014
LEITURAS: Jl 2, 12-18 // Sl 50(51), 3-4.5-6a.12-13.14 e 17 (R/.cf 3a) // 2Cor 5,20-6,2 // Mt 6,1-6.16-18 (A esmola, a oração e o jejum)

Quaresma1400: Cinzas

Com o rito das Cinzas, iniciamos hoje
o tempo sagrado da QUARESMA.

A Bíblia usa com freqüência o período de 40 dias
(ou 40 anos) para indicar períodos especiais,
que criam um clima adequado para algo que vai acontecer.

- O Povo caminha 40 anos no deserto, antes de entrar na Terra Prometida.
   Foi uma experiência de Purificação dos falsos deuses, de Adesão
   aos mandamentos (Aliança) e de solidariedade no deserto...
- Elias caminha 40 dias e 40 noites até o Monte sagrado de Oreb;
- O Dilúvio: 40 dias para purificar a humanidade corrompida;
- Moisés: 40 dias no Sinai antes de receber a Lei...

- Jesus: 40 dias no deserto antes de iniciar a vida pública...

- Quaresma é para nós um tempo forte de conversão e renovação
  em preparação à PASCOA.

+ A Liturgia nos aponta o espírito que deve animar esse tempo:

Na 1a Leitura, o profeta Joel convoca o povo de Israel em assembléia e 
o exorta à conversão:
"Rasgai os vossos corações, não as vossas vestes". (Jl 2,12-18)

* A Quaresma é tempo de rasgar o coração e voltar ao Senhor. Tempo de retomar o caminho de se abrir à graça do Senhor, que nos ama e no socorre.

O Salmo 50 é um forte apelo penitencial: Pequei, Senhor, misericórdia".

Na 2a Leitura, Paulo exorta os Coríntios e hoje a nós:
"Reconciliai-vos com Deus... Eis agora o tempo favorável." 2Cor 5,20-6,2)

No Evangelho Jesus apresenta três práticas religiosas dos judeus
(a esmola, a oração e o Jejum),
que devem ser realizadas com autenticidade, sem exibicionismo...
São também os três caminhos quaresmais apontados pela Igreja:

- A Oração nos leva a uma EXPERIÊNCIA pessoal com Deus..
- O Jejum nos leva a um gesto concreto de conversão:
   privar-se de algo para uma liberdade interior maior.  
- A Esmola nos leva a nos doar aos irmãos, no serviço fraterno,
  em gesto de solidariedade e de partilha.

No caminho de conversão quaresmal, a Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil nos apresenta a CAMPANHA DA FRATERNIDADE
como itinerário de libertação pessoal, comunitária e social.
Tráfico Humano e Fraternidade é o tema dessa Campanha em 2014.
O lema é inspirado na carta aos Gálatas:
"É para a liberdade que Cristo nos libertou" (5,1).

O Objetivo Geral é identificar as práticas de tráfico humano
em suas várias formas e denunciá-lo como violação
da dignidade e da liberdade humana,
mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal,
com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus

Objetivos específicos são:
- Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos
  que sofrem com essa exploração;
- Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
- Cobrar dos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção
   na vida familiar e social das pessoas atingidas pelo tráfico humano.
- Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania das pessoas
  em situação de tráfico.
- Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza
  ao empenho  transformador dessa realidade aviltante da pessoa humana.
- Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo,
   sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vítimas desse mal.

A situação do tráfico humano no país e no mundo é alarmante:
a Organização Internacional do Trabalho atenta para o aumento
de vitimas do tráfico humano, do trabalho forçado e
do tráfico para a exploração sexual.
De acordo com o site da Organização das Nações Unidas,
no Brasil, o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano,
incluindo homens, mulheres e crianças,
mas principalmente pessoas vulneráveis e carentes,
psicologicamente e de recursos.

O tema da Campanha da Fraternidade chegará junto com a Copa de 2014,
época em que o país receberá muitos eventos e visitantes,
o que pode favorecer a ação de aliciadores e traficantes.
A Campanha será intensificada com um trabalho de conscientização
para minimizar a prática criminosa.
Segundo a ONU, o tráfico de pessoas é bastante lucrativo:
movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo.
Desse valor, 85% provém da exploração sexual.

Diante de um crime que clama aos céus, como o tráfico humano,
não se pode permanecer indiferente, sobretudo os discípulos-missionários.
A Conferência de Aparecida reafirmou à Igreja latino-americana
que sua missão implica necessariamente advogar pela justiça e defender
os pobres, especialmente em relação às situações que envolvem morte.
Que as cinzas, que hoje recebemos com devoção na fronte,
sejam um sinal externo de nossa adesão sincera e ardorosa nessa campanha...


                                   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 05.03.2014