CELEBRAR O TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal, memória dos “últimos passos de Jesus”, que começa com a missa na Ceia do Senhor, na Quinta feira Santa à noite, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as vésperas do Domingo da Ressurreição. “É a Páscoa do Senhor celebrada sacramentalmente em três dias: Sexta feira Santa da Paixão, Sábado da Sepultura e Domingo da Ressurreição. É chamado “Tríduo Pascal”, porque com a sua celebração se torna presente e se cumpre o mistério da páscoa, isto é, a passagem do Senhor deste mundo ao Pai.
A Igreja ao celebrar o Tríduo Sacro, deixa para trás o que é velho e entra na dinâmica da Nova Páscoa – pão novo, fogo novo, círio novo, vida nova
.
A PÁSCOA DA CEIA
Dando início ao Tríduo Pascal, celebramos os mistérios da Última Ceia: o Novo Mandamento, pelo lava-pés, a Eucaristia e o sacerdócio ministerial. Tudo isso pela entrega de Jesus para ser crucificado, pela entrega de Jesus em cada santa missa, pela entrega dos cristãos pelo amor fraterno, para que, através da Eucaristia, a Igreja se torne sacramento de unidade na caridade: eis o sacerdócio ministerial. Poderíamos dizer que na Quinta feira Santa, a Comunidade eclesial celebra o mistério da Igreja nascida do mistério pascal de Cristo.
O Evangelho de João não relata a Última Ceia e sim o lava-pés, o Mandamento Novo, feito gesto concreto de serviço. A Igreja lê João neste dia, para enfatizar que a entrega de Jesus na Última Ceia, é expressão de sua entrega no cotidiano da vida. Lembra a todos nós que a Eucaristia coincide com o amor concreto.
No entanto, a ação simbólica principal da Quinta feira Santa, é a própria Liturgia eucarística, com pão e vinho para todos, como memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus. É a contemplação da páscoa judaica que fazia memória da libertação da escravidão do Egito, como nos lembra a primeira leitura desta celebração.
No coração da Ceia há uma ação de graças. Estando para ser entregue, Jesus dá graças. Quem daria graças, estando para ser entregue aos inimigos?
Repetindo os gestos que Jesus fez, na noite em que foi entregue, somos impulsionados pelo Espírito a devotar a nossa vida a uma causa, como ele fez em seu amor até o fim. Dar graças no meio da escuridão... olhar a vida a partir de Deus... descobrir que a morte e o sofrimento pode trazer salvação...
Dando início ao Tríduo Pascal, celebramos os mistérios da Última Ceia: o Novo Mandamento, pelo lava-pés, a Eucaristia e o sacerdócio ministerial. Tudo isso pela entrega de Jesus para ser crucificado, pela entrega de Jesus em cada santa missa, pela entrega dos cristãos pelo amor fraterno, para que, através da Eucaristia, a Igreja se torne sacramento de unidade na caridade: eis o sacerdócio ministerial. Poderíamos dizer que na Quinta feira Santa, a Comunidade eclesial celebra o mistério da Igreja nascida do mistério pascal de Cristo.
O Evangelho de João não relata a Última Ceia e sim o lava-pés, o Mandamento Novo, feito gesto concreto de serviço. A Igreja lê João neste dia, para enfatizar que a entrega de Jesus na Última Ceia, é expressão de sua entrega no cotidiano da vida. Lembra a todos nós que a Eucaristia coincide com o amor concreto.
No entanto, a ação simbólica principal da Quinta feira Santa, é a própria Liturgia eucarística, com pão e vinho para todos, como memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus. É a contemplação da páscoa judaica que fazia memória da libertação da escravidão do Egito, como nos lembra a primeira leitura desta celebração.
No coração da Ceia há uma ação de graças. Estando para ser entregue, Jesus dá graças. Quem daria graças, estando para ser entregue aos inimigos?
Repetindo os gestos que Jesus fez, na noite em que foi entregue, somos impulsionados pelo Espírito a devotar a nossa vida a uma causa, como ele fez em seu amor até o fim. Dar graças no meio da escuridão... olhar a vida a partir de Deus... descobrir que a morte e o sofrimento pode trazer salvação...
* Principalmente neste dia, deve aparecer claramente que a missa é Ceia (refeição).
* A título de sugestão, deixar o altar sem toalha até o início da Liturgia eucarística. Algumas pessoas preparam a mesa à vista de todos: toalha, prato, cálice, pão e vinho...
* Onde for possível, coloquem os assentos de tal modo que a assembléia esteja em volta da mesa , por exemplo, em meio círculo.
* Em vez de “galheta” com vinho, usem uma jarra com vinho suficiente para todos; assim, se realizará mais plenamente o sinal que Cristo nos deixou (IGMR 281-283).
* O local da celebração assume um tom festivo, com flores, velas, etc. A cor litúrgica é o BRANCO.
* Onde for oportuno, pode-se utilizar o costume judaico de começar a páscoa acendendo as luzes da festa, utilizando-se, por exemplo, da Menorá, candelabro de sete velas, onde cada vela é acesa em memória de um grupo ao qual a Comunidade deseja unir-se, especialmente por ocasião da festa.
* Nesta celebração canta-se o Glória.
* A memória da Ceia nos introduz no mistério da Cruz, por isso a celebração festiva da Ceia do Senhor termina com total despojamento. Terminando a celebração, o altar fica desnudo. Se não foram veladas no sábado anterior ao 5º.domingo da Quaresma, as imagens são cobertas (até o início da Vigília Pascal), também a Cruz (até a celebração da Sexta feira Santa).
* Onde for costume, segue a adoração em capela à parte, ornamentada com flores, cartazes, velas..., nunca com exposição em ostensório, nem o sacrário ou cibório (âmbula) abertos. Esta adoração volta o nosso olhar para a entrega de Jesus no sinal do pão, mas deve ser feita com total sobriedade, até meia noite. A partir daí, o sentido da nossa “adoração” é o mistério da Paixão e da Cruz, não o da presença no pão.
* É bom prever velas e incenso para a procissão do translado do Santíssimo Sacramento.
* Uma proposta de oração para este momento: “Ofício da Agonia”- Ofício Divino das Comunidades, p. 550 e “Vigilância com Jesus no Horto” – Ofício Divino- Ciclo da Páscoa – Rede Celebra, p. 52.
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – A PÁSCOA DA CRUZ
A sexta feira da paixão, Páscoa da Cruz, dia de jejuar “porque tiraram o esposo” da Comunidade, é um dia de exaltação do Cristo Senhor, de sua glorificação na Cruz. Enquanto o esposo dorme, a esposa se cala. Assim, na Sexta feira Santa e no Sábado Santo, a Igreja não celebra os Sacramentos, exceto a Penitência e a Unção dos Enfermos. Debruça-se, totalmente, sobre o sacrifício da Cruz por meio de uma celebração da Palavra de Deus. Neste dia, a Liturgia deseja beber diretamente da fonte. Porém, não priva seus membros da Sagrada Comunhão, para participarem do mistério daquele que foi imolado por nós, Cristo, nossa páscoa.
Nesta celebração, a Cruz é apresentada como “arvore da vida” e adorada como sinal de vitória. “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor“ (Ap 5,12 ).
Hoje, o nosso beijar a Cruz, é uma reverência ao AMOR que venceu a morte. É o beijo como sinal afetuoso da esposa ao próprio esposo crucificado.
Abraçamos e beijamos a nossa cruz e a cruz dos irmãos e irmãs. Renovamos nosso desejo de estar atentos (as) às pessoas em seus sofrimentos.
Durante o dia, há uma proposta no Ofício Divino das Comunidades, p.551 a 554, que deverá ser feita na Igreja, não na capela do Santíssimo.
Não há adoração do Santíssimo neste dia.
SÁBADO DA SEPULTURA DE JESUS
O Sábado Santo é o segundo dia do Tríduo. Dia de repouso, veneramos a sepultura do Senhor, esperando, em silêncio, confiantes na Palavra, como as mulheres que foram levar perfumes... Como Maria, a Mãe de Jesus, que esteve de pé junto à cruz... É uma certeza sem provas, a confiança se apóia na Palavra de Jesus, que Maria “guardava no coração”.
Os Salmos nos Ofícios une a nossa oração ao clamor do Cristo em sua paixão e ao seu silêncio no sepulcro. Estes Ofícios são marcados pelo silêncio do túmulo onde repousa Jesus. É o momento de sua “descida aos infernos”, o lugar dos mortos.
Recomenda-se, insistentemente, a celebração do Ofício pela manhã (p. 555) e à tarde (p.557). A oração em todas as horas lembra que fomos sepultados com Cristo no Batismo, pede que, pela força da Ressurreição, participemos da vida eterna.
A cor litúrgica deste dia é o ROXO. Ao longo do dia, recomenda-se a Leitura Orante dos textos bíblicos que guardam a memória do sepultamento de Jesus: Marcos 15,42-47; Mateus 27, 57-61; Lucas 23,50-56 e João 19, 38-42. Dia apropriado para um Retiro com os Catecúmenos. Pode ser exposto para a veneração dos fiéis o ícone da “descida aos infernos”, que transmite o mistério do Sábado Santo. O texto patrístico do Ofício das leituras faz referência a esta descida de Jesus... Também pode ser venerado o ícone de Maria, a Mãe de Jesus.
VIGILIA PASCAL- A PÁSCOA DA RESSURREIÇÂO
Na Vigília Pascal, noite santa na qual renascemos, a Igreja não celebra apenas a Páscoa de Jesus Cristo, mas, também, a Páscoa dos cristãos, seus membros. É celebrar, em plena escuridão, a Luz que não se apaga. É proclamar as maravilhas que o Senhor fez desde a criação do mundo, passando pela libertação dos hebreus até a páscoa nova do Senhor Jesus. É retomar o alegre ALELUIA da vitória do Cristo sobre o mundo com todas as suas opressões e sobre a morte. É beber com alegria da água da vida, renovando os nossos compromissos batismais e batizando na vida nova de Cristo novos membros de nossas Comunidades. É celebrar a Ceia do Cordeiro sem mancha, nossa páscoa, comendo do pão duro, sem fermento, com os corações sinceros e contentes, assumindo com mais totalidade o compromisso com a causa do Reino.
Páscoa é passagem, é ressurreição. A ressurreição de Cristo é o fundamento de nossa fé e o motivo de esperança em nossa própria ressurreição.
A atitude fundamental é de ALEGRIA, participação da alegria de Jesus ao ser ressuscitado pelo Pai. Alegria pascal que chega da dor, do abandono, da humilhação, seguindo por um caminho inverso ao mundo: o AMOR em vez de vingança ou desespero.
Um elemento a valorizar na Vigília é a abertura ecumênica. Dar à noite da Páscoa uma dimensão cósmica e universal, alargando suas fronteiras para uma comunhão maior com as Igrejas, com as religiões e culturas diferentes, com os excluídos da sociedade e da Igreja.
A cor sugerida pelo Diretório Litúrgico é o BRANCO, a cor da Ressurreição e da Transfiguração e da glória, porém, se pode fazer outras tentativas no sentido de buscar uma maior inculturação das cores na Liturgia.
A Vigília Pascal introduz as Comunidades na celebração do grande Domingo da Ressurreição.
DOMINGO DA RESSURREIÇÃO – O DOMINGO DA PÁSCOA E O TEMPO PASCAL
O Domingo da Páscoa da Ressurreição constitui uma ressonância da Vigília Pascal, centro de todo o Ano Litúrgico. A Páscoa é a festa da vida; da vida de Cristo e da vida nova dos cristãos. Portanto, faz-se Páscoa, surge a vida, onde se vive a caridade no serviço do próximo. Estes são os sinais de Jesus Cristo que continua ressuscitando hoje.
Celebrando a Páscoa, este mistério maior, ao longo deste Tríduo Santo, as Comunidades aprofundam sua fé no Deus dos oprimidos. Na vitória de Jesus nós saboreamos a nossa própria vitória sobre as forças da morte que imperam neste mundo, e nos animamos uns aos outros, a assumir com garra e gosto a causa da vida, até que a Páscoa definitiva, a libertação completa aconteça e o Reino de Deus irrompa em toda a sua plenitude.
A Páscoa continua por cinqüenta dias, como um único dia de festa e de Aleluia: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!”
Viver como ressuscitados, evitando três coisas: JEJUAR, AJOELHAR-SE E FICAR TRISTE. Fazer da vida uma Páscoa contínua : “Sabemos que passamos da morte à vida, porque amamos os nossos irmãos” (1 João 3,14).
*O Círio aceso durante todo o Tempo Pascal...
Colocado junto à Palavra ou ao altar, permaneça aceso em todas as celebrações litúrgicas, tanto na missa como no Ofício Divino, nas celebrações da Palavra, matrimônios..., até o Domingo de Pentecostes. Depois, será conservado, com devida honra, no batistério, para que, durante a celebração do batismo, sejam acesas em sua chama as velas dos(as) batizados(as) . Será aceso nas exéquias (colocado junto ao caixão), indicando que a morte é para o cristão, a sua verdadeira páscoa.
*A água batismal, consagrada na noite da Páscoa, permanece nesse tempo como lembrança do batismo e da nova recriação em Cristo.
*A última semana da Páscoa é consagrada pelas Igrejas como tempo de oração pela unidade dos cristãos.
*Cabe à Equipe de Liturgia, procurar ligar o Tempo Pascal com as demais celebrações e acontecimentos que sucedem nesse tempo (mês de Maria, casamentos, dia das mães, etc.), procurando dar uma dimensão pascal a essas Liturgias.
*O Livro dos Atos dos Apóstolos está presente em todo o Tempo Pascal. A Igreja, hoje, continua a escrever o Livro dos Atos dos Apóstolos pelo seu testemunho, atos dos apóstolos de hoje, de todos os cristãos e cristãs, que participando da vida de Cristo ressuscitado, colocam-se a serviço da vida dos irmãos e irmãs.
Bibliografia
*Diretório de Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil
*Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário – Texto Oficial – CNBB
*Dia do Senhor – Ciclo Pascal ABC – Apostolado Litúrgico - Paulinas – 2004
*Ofício Divino das Comunidades – Paulus – 2005
*Tríduo Pascal – Apostila de Ir. Maria da Penha Carpanedo – Apostolado Litúrgico - RJ
PASTORAL LITURGICA DIOCESANA
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